Três perguntas sobre a morte de Baghdadi, líder do Estado Islâmico
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou neste domingo (27) a morte do líder terrorista Abu Bakr al-Baghdadi. Baghdadi era o autoproclamado califa do Estado Islâmico. Para quem não acompanhou esta história nos últimos anos, o Orientalíssimo blog responde abaixo a três perguntas sobre Baghdadi e seu dito califado.
QUEM ERA ABU BAKR AL-BAGHDADI
Abu Bakr al-Baghdadi nasceu em 1971 no Iraque. Seu nome real era Ibrahim Awad Ibrahim Ali al-Badri al-Samarrai. Ele estudou teologia e, com a invasão americana no Iraque em 2003, envolveu-se com milícias radicais. Foi detido pelas autoridades americanas em 2004 e solto naquele mesmo ano, segundo relatos. Assumiu o mando do Estado Islâmico no Iraque em 2010. Proclamou seu califado terrorista em 2014 em Mossul. Ele morreu em 26 de outubro ao detonar um colete explosivo, segundo o presidente Donald Trump.
O QUE É O ESTADO ISLÂMICO
O Estado Islâmico é uma organização terrorista. Apesar de ter surgido com sua forma atual apenas em 2014, quando Baghdadi proclamou seu califado, essa facção remonta a 1999. Sua principal base de operação é a Síria e o Iraque, mas tem braços espalhados em países como o Egito. O Estado Islâmico foi responsável por diversos atentados terroristas no exterior, como o massacre que deixou 131 vítimas em Paris em 2015.
POR QUE SUA MORTE É SIMBÓLICA
Abu Bakr al-Baghdadi tinha um peso simbólico que Osama Bin Laden, líder da Al Qaeda morto em 2011, jamais teve. Baghdadi clamava ser um califa — um sucessor legítimo do profeta Maomé, de quem ele aliás dizia descender. Baghdadi também respondia pelo título de Emir al-Mu’minin (comandante dos crentes). Baghdadi não era, é claro, nem califa nem comandante dos crentes. Mas o fato de que seus seguidores acreditavam naquilo lhe dava um considerável poder de persuasão.