Oito artistas árabes integram a 21ª edição da Bienal de Arte Contemporânea Sesc Videobrasil, inaugurada em 9 de outubro. Segundo a agência de notícias Anba, é a primeira vez em que representantes da Tunísia e da Arábia Saudita participam do evento.

Um dos destaques é o sírio Hrair Sarkissian, com a série “Execution Squares” (praças de execução). São 14 fotografias retratando praças de execução pública em Alepo, Latakia e Damasco. “As fotos foram tiradas no começo da manhã, horário em que as execuções costumam acontecer, e revelam um frágil paradoxo existente entre os espaços silenciosos, pacíficos e perenes”, segundo o texto de divulgação da mostra. Outro interessante trabalho é o do libanês Ahmad Ghossein, “Al-Marhala al-Rabiaa” (a quarta etapa). Na obra, Ghossein investiga o desaparecimento de um ventríloquo. “A obra entrelaça elementos do cinema, da magia e da paisagem mutável do sul do Líbano”, diz o texto.

Além de Sarkissian e Ghossein, os demais artistas de origem árabe são Omar Mismar (Líbano), Nidhal Chamekh (Tunísia), Dana Awartani (Arábia Saudita), Hiwa K (Iraque), Sadik Alfraji (Iraque) e Maya Shurbaji (Síria). Eles participaram da abertura, segundo a Anba.

O Videobrasil congrega, no total, 55 artistas de todo o mundo em torno do tema “Comunidades Imaginadas”. A frase é conhecida por ser o título de uma importante obra publicada por Benedict Anderson em 1983, sobre nacionalismos. O evento, no entanto, amplia a ideia para incluir também comunidades alternativas ao conceito de Estado-nação, segundo a Folha. Entre elas, indígenas, negros e LGBTs.

21ª Bienal de Arte Contemporânea Sesc Videobrasil
Onde Sesc 24 de Maio (r. Vinte e Quatro de Maio, 109, São Paulo)
Quando De 9 de outubro a 2 de fevereiro
Quanto Grátis