Documentos do Estado Islâmico acusam policiais de pedofilia e frequentar bordéis
Os avanços do exército iraquiano em Mossul, hoje controlada pela organização terrorista Estado Islâmico, têm produzido um extenso arquivo de documentos. Analistas de segurança, como Hisham al-Hashimi, têm compilado esses papeis oficiais da milícia, que são importantes registros de sua gestão. O Estado Islâmico controla a cidade de Mossul, sua maior fortaleza, desde meados de 2014.
Hashimi publicou uma série desses documentos durante a quarta-feira (18) em sua conta na rede social Twitter. Ele reuniu, em especial, acusações contra policiais do Estado Islâmico — acusados de praticar pedofilia, frequentar bordéis e beber álcool. Essa organização terrorista, que tenta emular o califado islâmico do século 7, impõe restrições e punições severas em seu território.
É possível ler alguns desses documentos detalhados na conta do jornalista Elijah Magnier, que ressalta a existência de bordéis nas cidades controladas pelos terroristas, frequentados pelas forças de segurança. Magnier também reproduz a acusação contra um policial supostamente alcoólatra.
Há uma série de ressalvas a serem feitas em relação a esses papéis, cuja autenticidade não foi confirmada de maneira independente. Houve, no passado, casos de documentos do Estado Islâmico forjados. Não faltam interessados em retratar essa organização terrorista como extrema ou corrupta. Soldados iraquianos, por exemplo, poderiam ter preenchido os papéis ao conquistar partes de Mossul.
Por outro lado, esses documentos são alguns entre centenas que já foram recolhidos no território do Estado Islâmico. Não está em discussão que essa organização terrorista tente se comportar como um Estado e produza, assim, a papelada de uma burocracia.