Membro do Estado Islâmico propõe atentado com pássaro-bomba

Diogo Bercito

Fuçando na internet, o site Vocativ descobriu no sábado (12) uma proposta inusitada circulada entre militantes da organização terrorista Estado Islâmico –treinar pássaros e transformá-los em aves-bomba. Escrevem os autores da reportagem:

A princípio parecia uma tentativa de trolagem, mas é um plano detalhado (e criativo, apesar de repulsivo) sobre como atingir a campanha aérea da coalizão liderada pelos EUA no Iraque. O manual oferece sugestões sobre que pássaros e explosivos funcionariam melhor, e como contrabandeá-los a uma zona de guerra.

O plano, divulgado pelo aplicativo Telegram, basicamente consiste de amarrar uma bomba leve –como aquela que supostamente derrubou um avião russo no deserto do Sinai– a uma ave e treiná-la para voar em direção a uma aeronave. Entre as espécies indicadas para a missão, os militantes sugerem um falcão peregrino ou um abutre. O critério é o peso e a altura de voo.

Suposto plano para derrubar um avião com uma ave-bomba.
Suposto plano para derrubar um avião com uma ave-bomba.

Como escreve o Vocativ, o plano pode parecer a princípio não muito convencional, mas a ideia de recrutar animais para a guerra não é nova. Militantes em Gaza já amarraram bombas em burros, por exemplo, e os EUA experimentaram o uso de explosivos em morcegos e pombos durante a Segunda Guerra Mundial.

O jornal americano “Washington Post”, comentando essa notícia, também lembra dos relatos de que terroristas do Estado Islâmico estivessem usando galinhas-bomba em suas ações no Iraque. A informação nunca foi confirmada, mas provavelmente arrepiou defensores dos direitos dos animais ao redor do mundo.

Suposta imagem de uma galinha-bomba utilizada pelo Estado Islâmico.
Suposta imagem de uma galinha-bomba utilizada pelo Estado Islâmico.

O “Washington Post” também nos recorda de que os pássaros-bomba foram tema da comédia britânica “Quatro Leões” (2010). E, mesmo na ficção, a ideia já parecia bastante ruim.