Um dia de Homem-Aranha no Cairo
O Cairo não foi erguido para os fracos. Outrora capital do império fatímida (séculos 10-12), essa cidade gigante hoje com 7,7 milhões de habitantes é conhecida pela estrutura precária que inclui –como São Paulo– congestionamentos monstruosos e insegurança nas ruas. Viver ali, argumenta o fotógrafo Hossam Atef, 20, é tarefa para super-heróis.
Com isso em mente, o jovem artista (clique aqui para ver o Twitter dele) vestiu o amigo Atef Saad como Homem-Aranha e lhe largou nas ruas para viver um dia na metrópole árabe. O resultado são as fotos que vocês veem neste Orientalíssimo post, além das demais publicadas no portfólio de Atef (clique aqui). A notícia foi publicada pela rede de TV Al-Arabiya (aqui).
“O Homem-Aranha ficou exausto”, disse Saad em entrevista ao jornal Al-Ahram, fantasiado de lança-teias. “Nem mesmo ele suportou isso.” O Cairo, afinal, está na lanterna dos rankings de melhores cidades para se viver, e é líder, por outro lado, entre os endereços de maior densidade populacional, de ruído e de poluição. Nos últimos anos, o Cairo foi também cenário de manifestações populares, de confrontos civis e de golpes de Estado.
Palmas para o amigão da vizinhança por encarar um dia difícil à beira do Nilo. Palmas também para o fotógrafo e seu amigo disfarçado de cabeça de teia. Em uma cidade hostil a fotógrafos desdes os eventos políticos recentes, eles enfrentaram a também heroica tarefa de camuflar-se nas ruas e dar satisfações às forças de segurança egípcias.