Partido político quer “judaizar” Jerusalém

Diogo Bercito
Cartaz político pela “judaização” de Jerusalém. Crédito Reprodução

Como qualquer estudante de hebraico, passo os dias olhando para os lados, à procura de qualquer inscrição que eu possa –ou não– desvendar nas ruas de Jerusalém. É um bom exercício para treinar a leitura do sistema de escrita hebraico e também para adquirir vocabulário. O estudo da língua serve, ainda, para entender melhor o pensamento social e político de um determinado povo.

Tudo isso para dizer que li ontem, com surpresa e preocupação, um cartaz em hebraico a caminho de casa. “Leyahed et Yerushalaim”. É uma estrutura simples. “Leyahed” parece ser um verbo de tipo intensivo, no infinitivo, significando “tornar judeu”. “Et” é a partícula que indica o objeto de um verbo. “Yerushalaim” é o nome da cidade. Ou seja, “judaizar Jerusalém“. Clique aqui para ler mais sobre o verbo “leyahed”.

Esse é o lema da lista de candidatos Jerusalém Unida, pela qual Arieh King irá concorrer ao conselho municipal nas eleições de 22 de outubro. King é o líder do Fundo para a Terra de Israel e ativista em defesa das comunidades judaicas que vivem em áreas de maioria árabe, como Sheikh Jarra –cliquem aqui para ler minha reportagem sobre os esforços de israelenses para expulsar árabes desse bairro. Não por acaso a lista Jerusalém Unida é encabeçada pelo rabino Yonatan Yosef, que entrevistei há alguns meses sobre o mesmo tema. Neto do ícone religioso Ovadia Yosef, ele lidera os colonos em bairros árabes.

O cartaz segue, abaixo do slogan, com a frase “torne judaico com a construção e torne judaico com a Torá”. Anteriormente, o grupo político fez campanha em cima da imagem de homens árabes aterrorizando garotas judias em parques da cidade. A proposta do cartaz para as eleições municipais, porém, é tão inesperadamente agressiva –e sincera– que mesmo a ala direita tem criticado a lista Jerusalém Unida. Reuven Rivlin, do partido governista Likud, pediu que a Promotoria investigue se o slogan (“uma desgraça”) constitui uma ofensa criminal. A informação está, em hebraico, no Facebook dele (clique aqui).

Para além de todos os entraves às negociações de paz, como fronteiras e segurança nacional, a disputa por Jerusalém é um obstáculo quase intransponível, conforme grupos religiosos –com a anuência do Estado– continuam a expulsar palestinos de áreas árabes da cidade. É a história de Sheikh Jarra, mas também de outras regiões jerosolimitas. Recentemente, um funcionário do governo admitiu que os projetos de um parque no monte Scopus tinham por objetivo impedir a expansão de bairros palestinos em Jerusalém Oriental (leia mais aqui).

A questão da judaização é polêmica. Envolve, para os críticos dessa prática, a expulsão de palestinos, a expansão de bairros judaicos, o estabelecimento de assentamentos na Cisjordânia e a mudança de nomes de cidades do árabe para o hebraico. O esforço demográfico parte do pressuposto de que o Estado de Israel é judaico, antes de ser israelense –que, é claro, desagrada a população árabe.

Os oponentes desse programa social vão notar, ainda, que o Estado é definido como “judaico” na Declaração de Independência, mas não “democrático”. Uma proposta de lei introduzida pela coalizão governista Likud-Beitenu pede que a identidade “judaica” tenha supremacia sobre a “democrática”, conforme nota uma reportagem do “Haaretz” (leia aqui).

Comentários

  1. O Et, poderá ser uma referência a Javé, que subia ao céu de Jerusalém em seu Kavod (disco voador).

  2. Diogo, bom dia.

    Há um tempo atrás eu vi uns vídeos na internet em que cidadãos judeus de Israel se diziam contrários aos ataques prometidos pelo governo a algum país muçulmano (não me lembro agora se era o Irã). Diziam também que pessoalmente não conheciam nenhum cidadão do país em questão e não tinham motivos para odiá-los. Por fim, se me lembro bem, pediam desculpas pelas ameaças proferidas pelo governo.

    Daí eu pergunto a você: qual é sua impressão sobre o sentimento do cidadão judeu comum em relação aos não-judeus em Israel? O discurso conflituoso tão propagado, de fato, representa o que pensam e sentem os cidadãos israelenses?

    Em tempo, lembrei-me também de outro vídeo em que um grupo de judeus ortodoxos se manifestava contra o Estado de Israel, dizendo que antes da fundação do Estado, muçulmanos, judeus e cristãos conviviam em paz. Davam o exemplo de que, na época anterior a Israel, era comum os pais judeus deixarem seus filhos pequenos sob cuidados de palestinos em um dos feriados religioso (não me lembro se era no Yom Kippur – também não sei se é assim que se escreve).

    Obrigado.
    – Alexandre

    1. Caro Alexandre, o país que você não lembra era o Irã sim. Há pouco tempo alguns israelenses começaram a fazer uma campanha via facebook entitulada “Iranianos, nós amamos vocês”, que foi até correspondida por uma campanha similar dos iranianos. Foi uma coisa bonita, mas não surtiu nenhum efeito concreto.

      Quanto ao grupo de judeus ortodoxos que você cita, provavelmente se trata dos Neturei Karta (Guardiões dos Portões, se não me engano), que têm uma visão muito extremista da religião, e que são vistos pela comunidade em geral como loucos, mais ou menos como a Westboro Baptist Church nos EUA (aquela que vai a enterros de soldados americanos mortos no Iraque com placas “God hates fags”).

      Os NK são contra a existência do estado de Israel, não por motivos políticos, mas porque acreditam que apenas o Messias pode levar os judeus da diáspora para a terra prometida, e que qualquer tentativa de se estabelecer uma nação judaica na região antes da chegada do Messias é uma aberração, um pecado e uma afronta a Deus. Ou seja, quando o tal do Messias chegar (que eu saiba ele tem um sebo no centro de São Paulo…), esses mesmos NK não vão estar nem aí para os palestinos.

      1. Beto_W muito interessante esse seu post, nunca tinha pensando nisso.

        Enfim fanatismo existe em TUDO, ainda vejo gente se matando por futebol, imagina política e religião.

        Abraço.

    2. Ótima questão! Tenho a mesma curiosidade, pois já vi várias vezes que alguns ortodoxos (antes da criação do estado de Israel) eram contra o sionismo, nem pelo fato de paz e tal, mas pela questão religiosa, diziam que “Deus havia querido q eles ficassem sem lar, então q após tanto caos, era assim q eles deviam continuar”, algo assim!
      Ok, concordo q há muito deve ter mudado tal pensamento, mas incluindo outros fatores para moradores (judeus ou não) de Israel, como paz e guerra, leis e costumes, governo e etc, deve ainda existir algum sentimento do tipo.

  3. Os árabes arabizaram a região no século VII, os israelenses só estão fazendo o contrário.
    Na época não existia a mídia para critica-los.

      1. Heitor, um certo engano seu.

        Com as duas mesquitas construídas no alto do Monte do Templo e, o muro estando abaixo e escorando toda uma grande lateral em torno das mesmas, se, por acaso houvessem destruído todo o muro as duas mesquitas consequentemente teriam sofrido um abalo muito significativo, se é que não desmoronassem.
        Se não fosse por isto, aí sim, você está com toda a razão, não haveria nenhum Muro das Lamentações para judeu orar já de há muitos séculos.

        1. Discordo, se quiséssemos ter destruído o templo bastava simplesmente remover os seus restos e construir a mesquita dourada no local, tivemos mais de 1000 anos para isso e não fizemos.

          Preferimos deixar o muro intacto em respeito aos judeus que são nossos irmãos, tal como os cristãos, que tiveram seus locais santos preservados por nós os “bárbaros” islamificadores.

          1. Heitor, A hipotese do Luiz faz sentido. A estrutura do muro deve servir de apoio para as mesquitas. Os muculmanos nao tinham como destruir o Templo pq ele ja tinha sido destruido em 70 DC pelos romanos.
            qto a respeitar outras religioes, vcs poderiam demonstrar isso se permitissem que judeus e cristaos rezassem na Montanha do Templo ou nao proibissem que pessoas que nao sao muculmanas pudessem entrar no Domo da Pedra.

          2. Vania, eu me referi a retirar os restos do templo já destruído pelos romanos e construir a Mesquita Dourada ali.

            Sobre a não entrada nos locais, acredito ser uma prática comum nos locais sagrados das religiões, até mesmo no muro, onde as mulheres judias precisaram de ordem judical para orar nele, imagine u não judeu.

            O respeito aqui não se trata de proibir a entrada, por que isso é até comum, mas sim de não atacar os locais sagrados um dos outros.

            Abraço.

      2. Heitor, na Grecia, por um breve periodo os muçulmanos transformaram os templos gregos em mesquitas, até mesmo a Acropole de Atena teve essa “serventia”, fizeram o mesmo em Istambul na Turquia transformando um Igreja (Agia Sofia) em mesquita por varios séculos, até que um soberbo sultão resolveu que queria uma maior e mais bela e construiu a Mesquita Azul em frente a Agia Sofia.Em Jerusalem como sabemos eles não apenas construiram a mesquita no Monte do Templo judaico, como tambem construiram um cemiterio nos portões da entrada do Templo, pois de acordo com as profecias judaicas qualquer homem que passasse perto de um cemiterio se tornaria “impuro” e assim inapto a adentrar o Templo.Nada disso eu li!Tudo isso eu viajei, visitei e descobri.Sugiro que você pesquise mais, poderia passar horas aqui relatando desrespeitos rotineiros perpetuados por radicais islamicos às outras religiões, mas vou me ater apenas a estes fatos, cabe lembrar as estatuas milenares dos Budas que foram explodidas por talibans no Afganistão.E atualmente, o jornalismo vitima o abusador e culpa os abusados.Vai entender…

        1. Bem, que bom que pode viajar pelo mundo, gostaria de ter essa oportunidade também.

          Os exemplos que tu citou são verdadeiros, mas sugiro que pesquise também sobre como mesquitas são atacadas em Mianmar e Sri Lanka pela maioria budista e hindu, respectivamente.

          Na China só existem templos autorizados pelo Estado, ou seja, qualquer templo não autorizado é destruído rapidamente.

          Já que quer falar de passado, vamos falar sobre como milhões e milhões de nativos americanos foram “catequizados” pelos cristãos vendo suas religiões milenares evaporarem com o tempo. Não esqueça que a catedral nacional do México foi construida sobre os restos da capital Azteca.

          Romanos destruindo o templo de salomão, romanos conquistando a grécia e mudando o nome de seus deuses. Sem falar do resultado da reforma protestante e as centenas de igrejas destruídas de um lado a outro.

          Na idade média os judeus eram acusados de matar Jesus e sinagogas raramente existiam, e na União Soviética a destruição de igrejas foi bem documentada.

          Enfim, você não é ignorante para negar os fatos e nem eu, até por que sou uma pessoa racional, o que não me impede de ter religião.

          Penso que a maioria das pessoas são boas, mas em todo lugar haverá gente má.

          Abraço.

    1. Arabização no século VII? Lol

      Aconselho a você, quando for mentir, que ao menos pesquise um bocado para não passar vergonha, e sua mentira ficar um pouco mais crível 😉

      Os palestinos são em sua grande maioria descendentes dos antigos judeus que não foram para a Diáspora após a destruição do Templo. A grande maioria se converteu ao cristianismo, já no século I da Era Cristã. A população cristã palestina, ortodoxa ou católica, que hoje existe lá descende desses primeiros cristãos (e, diga-se de passagem, é perseguida pelos judeus ortodoxos, que queimam igrejas, matam padres – como o patriarca Philoumenos, morto de maneira bizarra e cruel – e gritam palavras de ordem anti-cristãs).

      O islamismo chegou no século VII, mas isso não é sinônimo de “arabização”, como qualquer pessoa minimamente informada sabe. Já havia um grande número de árabes ali, quase todos cristãos, descendentes daqueles judeus que citei anteriormente. E mesmo judeus de origem árabe, pouquíssimos, mas havia.

      Os sionistas estão ficando desesperados. Como as mentiras tradicionais deles não estão mais dando certo e ninguém mais acredita neles, resolveram inventar outras mentiras.

      Infelizmente , não adianta nada. Fatos históricos não são tão facilmente manipuláveis e a propaganda barata sionista fica seriamente prejudicada.

      Que coisa.

    2. Jerusalém , Yerushalaim, é judaica há mais de 3 mil anos quando foi conquistada pelo Rei David e há mais tempo ,3800 anos quando foi prometida pelo Criador a Abraão, Avraham, o primeiro israelita!!!

  4. Prezado Diogo,
    informo-lhe de que não existe nenhum pressuposto. O Estado de Israel é um Estado Judaico como bem atesta a sua declaração de independência (abaixo principais itens do seu texto ).
    Não será um partido religioso minoritário e, com pouca força política, que fará com que um Estado laico e, verdadeiramente democrático em todo o Oriente Médio, deixe de sê-lo.
    Da mesma forma que existem dezenas de países muçulmanos ( vide Liga Árabe ), existe somente um país judaico, que é conhecido mundialmente pelo nome de Estado de Israel.

    “No dia 29 de novembro de 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a resolução de um Estado Judeu em Eretz Israel. A Assembleia Geral instou seus habitantes a tomarem as medidas necessárias para a implementação dessa resolução. É irrevogável o reconhecimento das Nações Unidas pelo direito do povo judeu de estabelecer o seu Estado.
    Este direito é o direito natural do povo judeu de ser o senhor de seu destino, em seu Estado soberano, a exemplo das demais nações.
    Conseqüentemente, os membros do Conselho do Povo, representantes da comunidade judaica de Eretz Israel e do movimento sionista, aqui reunidos no dia do término do mandato britânico sobre Eretz Israel, em virtude de nosso histórico e natural direito e por força da resolução da Assembléia Geral das Nações Unidas, por esta proclamação declaram o estabelecimento de um Estado Judeu em Eretz Israel, a ser conhecido como Estado de Israel.
    Declaramos que a partir do término do mandato britânico esta noite, véspera do Shabat, no sexto dia do mês de Iyar de 5708, até o regular estabelecimento das autoridades do país, através de eleições não posteriores ao dia 1º de outubro de 1948, o Conselho do Povo atuará como o Conselho Provisório do Estado e seu órgão executivo será o governo provisório do Estado Judeu, designado como Israel.
    O Estado de Israel estará aberto para a imigração judaica e para a reunião dos exilados; incrementará o desenvolvimento do país em benefício de todos os seus habitantes; será baseado na liberdade, na justiça e na paz conforme apregoado pelos profetas de Israel; vai assegurar a todos os seus habitantes igualdade e direitos sociais e políticos, independentemente de sua religião, raça ou sexo; garantirá a liberdade de religião, pensamento, idioma, educação e cultura; guardará os lugares sagrados de todas as religiões e será fiel aos princípios da Carta das Nações Unidas.
    O Estado de Israel está pronto para cooperar com todas as agências e representantes das Nações Unidas para a implementação da resolução da Assembleia Geral de 29 de novembro de 1947 e tomará medidas para a integração econômica de toda Eretz Israel.
    Nós apelamos às Nações Unidas para que ajudem o povo judeu na construção de seu Estado e que recebam o Estado de Israel na comunidade das nações”.

    1. Israel é um estado judaico, temos os estados muçulmanos, os estados ateus de Cuba e Córeia do Norte e o Brasil será o primeiro estado evangélico.

      Cada um que fique no seu quadrado.

      Abraço.

  5. Geralmente a Mídia age assim:
    ” 120.000 sírios perderam a vida em combates, deveriam parar com isso…”
    e logo em seguida:
    ” Israel construiu 15 casas em sua capital Jerusalém, isto é um absurdo, não pode ser aceito, isto acaba com a paz, etc….”
    ou senão:
    “um partido ínfimo( na Democracia todas as tendencias são contempladas ) quer Judaizar Jerusalém, vão participar das eleições, etc…”
    Será que não existe um olhar muito crítico em relação a qualquer coisa que aconteça em Israel?
    Quando poderiam aparecer coisas bacanas que acontecem diariamente em Israel, com seu multi-culturalismo, país jovem, moderno, tecnológico?.
    Quantos avanços na agricultura, medicina, tecnologias, etc… ?

    1. Ezequiel, são casas aos milhares, e Jerusalém não é reconhecida como capital de Jerusalém. Então esta notícia certamente não é desprovida de importância jornalística. Assim como um “partido ínfimo” liderado pelo filho do rabino-chefe e neto do líder espiritual de um importante partido religioso –não podemos pensar que são notícias desimportantes. A base da gestão do atual prefeito de Jerusalém, aliás, é a unificação da cidade, tema bastante polêmico e longe de ser uma posição excêntrica e fora da curva. De toda a maneira, o jornalismo tem um papel crítico como vocação. Este blog vai seguir o que acredita ser o papel social de um meio de comunicação. Abraço e obrigado!

      1. Ok Diogo,
        Obrigado pela resposta.
        Apenas gostaria que vc fizesse uma ou outra postagem sobre coisas alegres, inovações, juventude, coisas que nunca aparecem em mídias tradicionais.
        Coisas que nos trouxessem alegria.
        Parabéns pelo belo trabalho!!

          1. Voce e’ um bom escritor mas um jornalista tendencioso.
            Volte um pouquinho so na historia e voce aprendera que não havia arabe oriental,mas somente Jerusalem OCUPADA pelos invasores TURCOS , e antes, outros tantos.Portanto,esta historia de escrever o que e1 mais importante no momento,escreva que o mais importante no momento e’ que deixem o povo judeu viver em paz nas suas terras e parem os arabes em construir mais e mais,TAMNBEM,na Jerusalem ,capital de Israel,pois quem precisa saber que e’ a nossa capital são os israelenses e o povo judeu.Quem esta comigo,e’ meu amigo.Quem finge que esta, saberemos como desaloja-lo do nosso caminho.
            E’ assim,amigo.

  6. A Folha tem uma obsessão identica a da ONU em vilanizar Israel e sua politica!Deixa a desejar na questão de profundidade de suas matérias!Vamos ser honestos, Israel geograficamente corresponde a menos de 1/6 de 1% do mundo árabe.O mundo árabe é quase que em sua totalidade rico e totalitario!O mundo árabe não precisa de meia duzia de bairros (eles tem 22 PAISES e nao bairros) no unico país judeu, uma vez que este mesmo mundo árabe é infinitamente maior geograficamente!Então vamos acabar com essa palhaçada politicamente correta(?) e enxergar a verdade.

    1. Marcelo, não consigo entender a relação entre haver países árabes e a política em Israel exclui-los da sociedade. Como democracia, o Estado de Israel tem a obrigação de tratar seus cidadãos (inclusive os árabes, sim) como iguais. Acredito que a mesma obrigação têm países como Síria e Egito em relação a cristãos e judeus, o que sabemos infelizmente não ser respeitado. Não se trata de uma atenção demasiada a um ou a outro, mas da abordagem crítica que existe inclusive entre israelenses. Um abraço e obrigado.

      1. Diogo
        Até onde sei Israel nao exclui árabes da sociedade. Arabes tem representação no Parlamento, trabalham , escola, saudade como qualquer outro, correto?
        Talvez você tenha se expressado mal?

        1. Marcio, se não me engano, os árabes representam 20% da população em Israel, mas apenas 10% do Knesset. Abraço!

          1. Diogo
            Isso embora imperfeito , esta anos luz da sua afirmação de que são excluídos.
            Fico intrigado quanto ao uso da palavra excluído.

          2. Prezado Diogo,
            pelos seus números nos parece que os árabes israelenses ou não estão exercendo seu direito ao voto ou, quem sabe, estão votando conscientemente em partidos não árabes.

          3. Luiz, o sistema eleitoral israelense não é tão simples. As cotas mínimas para um partido eleger candidatos prejudicam, em especial, os partidos árabes. Dê uma olhada na discussão de agosto, na revista “972” –http://972mag.com/knesset-approves-bill-that-could-push-arab-parties-out/76755. Abraço, Diogo.

          4. Ainda assim, sem entrar na discussão do artigo, continuamos a anos luz do uso da palavra “excluídos”, essa foi uma escolha infeliz e errada.

          5. Vi a matéria na 972. Como já afirmei antes, os árabes não estão sozinhos contra aberrações propostas no Knesset. Esta é uma das muitas mídias pró árabes/palestinos feita por jornalistas judeus israelenses.
            Na íntegra :
            “After the bill was approved in its first reading Wednesday night, Arab Knesset members and several left-wing MKs protested it by standing in silence on the Knesset podium. A unique moment took place when ultra-Orthodox Knesset member Yisrael Eichler (United Torah Judaism) made a short statement against “the persecution of the Arab and the ultra-Orthodox by the government.” Eichler ended his words in Arabic – “we are with you in your struggle for democracy” (video below, 1:14 and then again 1:31 min) – before using the rest of his time to join the silent protest”.

            O vídeo com o ultra-ortodoxo membro do Knesset, Yisrael Eichler (United Torah Judaism), fazendo uma declaração contra o projeto e terminando suas palavras em árabe, “a perseguição aos árabes e aos ultra-ortodoxos pelo governo” . E ainda “Nós estamos com eles em sua luta pela democracia”.

            Uma demonstração que este coeficiente eleitoral proposto atinge indiscriminadamente de partidos judeus ultra ortodoxos até aos partidos árabes.
            Vale a pena ver o vídeo, interessantíssimo pelo inusitado.

        2. Todos aqui tentando descobrir se quem nasceu primeiro foi o ovo ou a galinha.Alegando exclusão árabe da sociedade em Israel.Será que existe um judeu ou um partido politico que represente os judeus na Arabia Saudita,Iraque ou Jordania?Façam-me o favor gente.Vamos acordar…parece que todos aqui tomaram um chá alucinógeno e não enxergam a questão báscia.Vou tentar desenhar:
          No mundo existem 22 paises árabes ( todos ditaduras e metade deles riquissimo produtores de petroleo com sociedades divididas em MEGA milionarios e miseraveis analfabetos, ou seja, nao existe classe media que é o motor de qualquer sistema democratico, ou seja nem são nem NUNCA serão democraticos com essa aberração de classes sociais tão dispares) Alguem atenta para isso? NAO…pois os olhos do mundo estao focados em vigiar se uma familia de judeu religioso adquiriu um lote de terra e construiu uma casa pra viver numa colina desertica de Judea (que se alguem entender, se chama judea porque é local de onde se origina o povo judeu).
          Eu nao acho que Israel como unico Estado realmente democratico do Oriente Medio e unico Estado judeu deve nenhum tipo de explicação ou precise de alguma defesa na sua luta pela sobrevivencia.Espero que pessoas que tem uma visao completamente maniqueista do mundo ao menos se deem ao trabalho de pesquisar os fatos antes de assumir “trincheiras ideologicas sem embasamento e cheias de pre-julgamentos” ! Felicidades!

          1. Pode não acreditar, mas os judeus tem cadeiras no parlamento iraniano, pois eles tem uma cota para minorias.

            No mundo existem, na verdade, 6 países árabes (pois ficam na península Arábica), são eles:

            Arábia Saudita
            Bahrein
            Emirados Árabes Unidos
            Kuwait
            Omã
            Catar

            Tu está certo, são ditaduras horríveis, mas ironicamente apoiadas por todo o mundo.

            Israel não é a única democracia do Oriente Médio, também o Líbano e a Turquia são democracias no sentido ocidental de ver.

            “Espero que pessoas que tem uma visao completamente maniqueista do mundo ao menos se deem ao trabalho de pesquisar os fatos antes de assumir “trincheiras ideologicas sem embasamento e cheias de pre-julgamentos” ! Felicidades!”²

          2. Heitor,
            Se você não considera nenhum país do norte da Africa, que foram ocupados pelos árabes oriundos a peninsula arábica árabes, não vejo necessidade de continuar nossa discussão por achar que você é ignorante.Não existem 6 países árabes, existem 22, com um população de bilhões.Países muçulmanos então, esses passam de meia centena, creio que hajam 56 ( tenho humildade em dizer que acho e não que sei)!Pois bem, se formos comparar quantidade de terra por kilometro quadrado…tanto os árabes como os muçulmanos devem ter uma parcela razoavel do planeta Terra (lembrando que 2/3 do planeta Terra é água)!Heitor quando reclamarem que um árabe não tem um lugar para viver, se lembre desses números, e lembre ainda que naquele micro-universo vilão que é Israel, 20% que lá habitam são também, veja você que ironia, ARABES!Vivendo num pais judeu, democratico e livre.Elegendo seus representantes coisa que NENHUM outro pais árabe permite REALMENTE!Nem o Libano meu caro e sabemos bem disso!Vamos acordar DIOGO!Hora de crescer rapaz e enxergar o mundo real!Aproveite que esta em Jerusalem e absorva mais cultura de forma mais imparcial.Talvez assim a Folha não publique sua idéias, mas tenho certeza que você terá conhecido com mais profundidade a sociedade que te acolhe!Grande abraço Diogo e Heitor!

          3. Não disse que Israel é vilão, pode não acreditar, mas eu acho justo a existência de Israel principalmente pelo o que ocorreu no holocausto.

            Infelizmente os ciganos que foram muito atacados também não tiveram tamanha felicidade!

            Como eu disse antes os judeus tem uma cadeira no parlamento iraniano que coisa, não? A grande tirania iraniana permite isso? Mas para ti nenhum país árabe permite isso. (O irã é persa ou árabe para ti já que foi ocupado por eles?)

            A Espanha e Portugal foram ocupados pelos árabes por 700 anos e não são árabes (pela tua descrição são), e existem poucas mesquitas lá. Foram destruídas quando o reino de Castela conquistou a península.

  7. Interessante o post, porém Jerusalém é uma cidade única no mundo: importantíssima para 3 religiões, justamente as maiores do mundo.

    Se você judaizar ou cristianizar, islamificar um local desses ele acaba desmerecendo os outros.

    Defendo que deveria ser uma cidade internacional, como era na época dos britânicos e sendo administrada por um conselho que represente todos os interessados.

    Como sei que isso é mais impossível que Jesus voltar dos céus, só peço que não destruam a Mesquita Dourada para reconstruir o templo de salomão (é um sinal dos fins dos tempos no livro de Apocalipse).

    Abraço.

    1. Pefdi poisdo de quem desconhece Israel que ao contrário dos muçulmanos costuma respeitar a religião dos outros, quando os judeus eram proibidos de ter acesso aos seus lugares santos pelo fato da Jordânia ter se apossado da Jerusalém Oriental nenhum árabe queria saber de estado palestino nem de Jerusalém como sua capital, ao contrário, os árabes preferiam continuar pertencendo à Jordânia pois nada consta no tratado que fizeram em 1964 a respeito de Jerusalém que estava sob controle da Jordânia, o discurso deles mudou em 1967 quando Jerusalém Oriental passou a ser controlada por Israel e desde então existe liberdade religiosa para TODAS as religiões, como vês quem quer expulsar povos de outras religiões não são os judeus mas sim os muçulmanos.

      1. Emilia, apaguei seus outros dois comentários. Este blog não aceita ofensas ao autor ou aos demais leitores. Obrigado.

      2. Não entendi nada, Emília. Quando eu falei em expulsar alguém?

        Obrigado, Diogo por manter o fórum limpo de ofensas.

        Abraço.

      3. Emilia, para reforçar a questão cabe lembrar que o “povo palestino” tambem foi inventado depois da decada de 60, depois de 4 derrotas dos paises arabes em guerras contra Israel, estes chegaram a brilhante conclusao de que se nao podiam destruir o Estado judeu, eles precisavam criar um Estado dentro deste Estado para implodi-lo por dentro, mais ou menos como um país-bomba (alusao intencional e sarcastica ao homem bomba sem nenhum remorso politicamente correto).Se lessem um pouco mais talvez o pro “palestinos” se surpreenderiam com muita coisa!
        http://frontpagemag.com/2011/david-meir-levi/an-invented-people/

  8. Felizmente Israel é uma democracia e certamente esse partido extremista fracassará nas urnas, a exemplo de todos os partidos religiosos, inclusive o Shas, que foram varridos deste governo nas ultimas eleições, apesar da vitória do Likud. Agora, pena que a liberdade que tu tens em Jerusalém para escrever, tu nunca terás em Meca ou Medina, pois lá os não muçulmanos são proibidos de entrar, podendo ser punidos com pena de morte se o fizerem.

  9. Prezado Diogo
    O Brasil tem 198 milhões de habitantes e tem 32 partidos políticos. Israel tem menos de 8 milhões de habitantes e tem 14 partidos políticos. Os dois países tem partidos demais. Entretanto, uns entendidos afirmam que assim deve ser. Caso contrário, minorias com propostas radicais se esconderiam em partidos maiores. Graças a a esta peculiaridade, pudestes identificar proposta de um minúsculo partido.
    O teu comentário sobre a proposta do partido Jerusalém Unida é pertinente. Este é o teu trabalho que fazes com astúcia, ao contrário do correspondente da Folha em Teerã. Ele só escreve abobrinhas. Ele deve ter os seus motivos.
    Meus parabéns pelos teus textos e pela coragem de estudar hebraico, coisa que eu não tive.

  10. Prezado Diogo,
    deu um pouco de trabalho, mas consegui descobrir que a reportagem citada no Haaretz foi feita em 17/03/13 ( jornalista Jonhatan Lis ) e, refere-se à um projeto de lei proposta em agosto de 2011.
    Acerca deste projeto coloco a matéria (12/06/13) com a Ministra da Justiça, Tzipi Livni, em que diverge textualmente do mesmo (http://www.israelnationalnews.com/News/News.aspx/168862#.Uk97zBDJldh ) e, em que afirma enfaticamente ser a favor da legalidade e da justiça.
    Acredito que a sociedade israelense, majoritariamente não hareidi, se colocará firmemente contra esta proposta.
    Um abraço, Luiz.

  11. Caro Diogo,
    Saberia estipular o alcance dessas propostas racistas em Israel na opinião popular? Existe adesão significativa à tais ideias nas ruas?

    Obrigado e parabens pelo trabalho.

    1. Pedro, boa pergunta. Entre seculares, há bastante rejeição a esse tipo de proposta. Mas há apoio, por exemplo, entre o movimento de colonos. Não sei mensurar. Mas é claro que, se não houvesse quem concordasse com eles, esses partidos não teriam tanta força. Abraço.

      1. Diogo
        Estou confuso.
        Se você nao sabe mensurar, como tentado consegue estabelecer “tanta forca”. So tem forca se existe um suporte estático relevante. Dado que você admite nao ter números, seria melhor deixar o chutometro de lado.

          1. Diogo,
            Lamento a ironia. Mas tambem criar uma estoria gigante a partir d eum partidinho bunda, pode parecer provocacao mesmo.

      2. Prezado Diogo,
        discordo de “se não houvesse quem concordasse com eles, esses partidos não teriam tanta força”.
        Não tem e as últimas eleições provaram isto. E mesmo com o apoio dos colonos, seus eleitores são pulverizados entre outros partidos que seguem as mesmas linhas de pensamento, sendo que, nunca serão hegemônicos em relação aos outros ( de esquerda, centro ou de direita ).
        Se fizermos um paralelo, no Brasil, com o PSOL e PSTU que tem propostas de implantarem um governo, que ideologicamente pode ir do socialismo puro beirando ao comunismo ortodoxo, as urnas demonstram que entre propor e implantar, chegando ao poder através do voto, existem kilometros de diferença.

        1. Está bem, Luiz, mas a situação me parece um pouco mais complicada. Não há força? As últimas eleições foram atípicas. O Shas, cujo líder espiritual é avô do chefe da lista que quer judaizar Jerusalém, fazia parte da coalizão anterior. O atual prefeito de Jerusalém segue essa mesma linha, com proposta clara de unificar Jerusalém (a despeito das resoluções internacionais contrárias). A questão aqui não é de quantos eleitores cada partido tem, mas de quais são as forças sociais em Israel. Se dissermos que o “leyahed” é um ponto fora da curva no país vamos estar sendo desonestos com a realidade. Abraço.

          1. Prezado Diogo,
            a população árabe de Jerusalém tem partido(s) e candidatos que desaprovam propostas que vão de encontro à seus interesses e aspirações.
            Além disso, partidos de esquerda e do centro, ONGS e outras instituições que defendem direitos humanos, advogados, a mídia ( Haaretz como principal porta voz ), entre outros, estão permanentemente atentos e denunciando os descabidos e excessos desses partidos religiosos.
            A Israel laica, que é maioria, não coaduna com essas propostas e provou majoritariamente nas últimas eleições este desagrado.
            Um abraço, Luiz.

          2. E a governadora do Arizona segue uma linha clara contra imigrantes! E dai? Isso quer dizer que a Califórnia do ladinho nao deveria ser igual, mas nao e’.
            Continuo achando a argumentação imprópria.

    2. Pedro, com milhares de mortos, números que crescem dia a dia, você acredita que possa existir alguma conotação racista que explique essa endêmica mortandade sectária em tantos países islâmicos ?

      Agradeço pela resposta, Luiz.

      1. Vou te responder, Luiz.

        Não existe nenhuma conotação de raça entre as lutas nos países islâmicos, o islam agrega todas as raças desde os negros, árabes, europeus, ocidentais, orientais… Somos uma religião sem raça determinada.

        Um dos primeiros homens a se converter ao Islam foi um escravo africano chamado Bilel, que teve sua alforria paga pelo Profeta (SAAS).

        Quem usa raça para justificar seus erros, são justamente, como diz a reportagem os israelenses (não os israelitas, povo muito querido e amigo que é inclusive discriminado por sua origem negra e etíope que são, de fato, descendentes dos hebreus, mas não são reconhecidos pelo país hebreu haha).

        Abraço.

        1. Nem entre os serafadi você encontrará isso…rs

          Os ashkenazi são os mais segregadores e racistas, não por menos e infelizmente, são os que fundaram o Estado de Israel.

          Lamento muito pelos judeus etíopes que nem são reconhecidos como tal.

          Abraço.

          1. Eu lamento pelos árabes muçulmanos que vivem em países onde são mortos pelos seus ditadores mega milionários!Jamais lamentaria por um judeu etíope que vive em Israel, elege seus governantes, trabalha, produz se educa e não é morto pelos políticos, Heitor!

        2. A pergunta foi para o Pedro, mas como resolveste responder por ele.
          Pelo que entendi o banho de sangue diário nos países islâmicos não tem conotação racial.
          Deve ser algo como um esporte religioso no qual ganha quem matar mais inimigos de uma outra seita. Claro que, sem nenhum racismo envolvido.
          Deve ser alguma evolução no qual o Ocidente ainda não entendeu o conteúdo moral e humanitário.
          “Confrontos deixam ao menos 44 mortos e 240 feridos no Egito” . “Ataque suicida em escola iraquiana mata 14 e fere 80”.
          Manchetes de hoje para ajudar na atualização dos números !
          Nada como conviver em países onde inexiste qualquer forma de racismo !

          1. Bem, estamos falando da parte racial, certo?

            Respondi a sua pergunta, pois sou muçulmano, infelizmente os massacres e guerras civis tem todo um contexto que, apesar da sua ironia, não tem nada de engraçado rir da morte de um ser humano, seja qual religião, raça e etc.

            Se quer saber por que isso ocorre, leia o post do Diogo sobre a questão da colonização e divisão do Oriente Médio pelos europeus.

            Lá explico muito bem, nos comentários, como divisões forçadas colocam povos inimigos sob o mesmo país.

            Tal como os católicos e os protestantes, calvinistas lutaram entre si dividindo a Europa entre ambos ou nós aqui em nossas guerras dos farrapos, baianada, revolução constitucionalista, vemos essas lutas para controlar os países nos quais vivem na África e Oriente Médio.

  12. De nada!
    Sempre que precisar de uma analise estatística para combater a predisposição contra israelenses, ou qualquer outro, pode contar comigo!

  13. Prezado Diogo,
    No princípio, parece que a abordagem desse texto é sem importância, desnecessária e que não se deve perder tempo com ela, mesmo porque Israel é uma democracia e a maioria laica deve cuidar que Jerusalém não se judaíze ao nível de trazer prejuízos às relações entre judeus, muçulmanos e cristãos. Entretanto, vejamos, a despeito da maioria judaica laica, dos 20% de cidadãos árabes e ainda da forte pressão internacional, o governo continua, sem nenhum constrangimento, construindo na Margem Ocidental enquanto as colônias continuam se expandindo como sempre. Então, a conclusão a que se pode chegar, a grosso modo, é que o governo, uma vez instalado, adota políticas ou prossegue com políticas muitas delas divorciadas da vontade da maioria que o elegeu. Assim sendo, toda atenção é necessária e toda análise crítica é bem vinda em relação a qualquer proposta de qualquer partido, grande ou não, que possa, eventualmente, gerar situações de mais conflito entre povos e religiões no país judaico. Parabéns pelo texto.

    1. Essa é uma das vantagens de se ter armas nucleares, os EUA entram em qualquer lugar e levam cidadãos que consideram terroristas para guantanamo e ninguém faz nada.

      Lembrando que a comunidade internacional não autorizou a entrada deles no Iraque e eles foram simplesmente… A Rússia também invadiu a Georgia.

      Basicamente a ONU = Lixo, só funciona contra os pequenos e indefesos.

      O Brasil é um país altamente estratégico, rico em minerais, água, natureza e agora petróleo.

      Infelizmente o Brasil não tem um partido nacionalista, no sentido de expandir as forças armadas e desenvolver nossa tecnologia nuclear.

      Lembrando que o Collor e os tucanalhas assinaram o tratado de não proliferação e condenaram o Brasil a ser escravo para sempre.

      Abraço.

      1. Achei que a maluquice do nacionalismo houvesse sido varrida, como o lixo que é, depois do malogro do integralismo e da derrota de seus congêneres europeus. Mas, não! Parece que ainda vive nos suspiros saudosos que se ouve aqui e ali, e nos “anauês” silenciosos de quem ainda acredita que somos uma ilha cercada de mar por todos os lados. Que deus, o misericordioso, se apiede dessas almas desavisadas e nos livre dessa coisa escrota para todo o sempre. Salaam.

        1. Qual sua proposta? Acha que existe uma saída melhor?

          Acredita na ideia Hobberiana de um só país chamado Terra?

          Sejamos realistas, as armas nucleares nunca irão ser extintas, os que tem nunca irão aceitar deixar de ter e os que não tem não poderão ter e estarão sujeitos as vontades dos que tem.

          Maleiku Salam.

  14. Diogo:
    Espero que já tenhas aprendido árabe para entenderes o que os Palestinos pensam sobre judeus em Jerusalém

    1. Escute, mas é mesmo necessário aprender árabe pra saber o que os palestinos em Jerusalém e os árabes em todo o Oriente Médio pensam do povo judeu? Que pensem o que quiserem em Jerusalém, em Nazareth ou Haifa. Em Israel o pensamento é livre.

  15. Mahmoud Abbas disse em Julho que num futuro Estado Palestino nao sera aceito nenhum israelense. Abbas pode proclamar uma Palestina judenrein e isso nao é motivo para artigos indignados na imprensa…

    1. Na verdade, Vania, ele não disse isso. Foi uma má interpretação. Ele disse que, além de os israelenses serem bem-vindos, ele encerrará todos os pedidos a Israel assim que a faz for firmada.

      1. Diogo, Abbas falou isso no fim de Julho qdo visitou o Egito, a frase foi dita a jornalistas egipcios no Cairo. A afirmação de Abbas é semelhante ao que disse o embaixador da Autoridade Palestina nos EUA, Maen Areikat, em 2011.
        O que eu quis dizer no comentario, e essa não é uma crítica exclusiva ao seu texto, é que a cobertura da imprensa tende a superdimensionar posições como a desse candidato ao Conselho Municipal, quer dizer um candidato a vereador(?), colocando como se ele fosse alguem que representa a sociedade israelense, enqto minimiza posições de figuras palestinas importantes como Abbas.

  16. Jerusalém deve ser judaica assim como Meca deve ser muçulmana.
    Judeus têm o direito irrestrito de serem soberanos em sua Pátria, assim como árabes na Arábia Saudita, Emirados Árabes, norte americanos nos Estados Unidos, e outros povos e nações.
    Acontece que o anti-semitismo nunca teve fim. Tudo o que se refere à liberdade e soberania de Israel e do povo judeu é odiado, visto com maus olhos e atacado pela mídia.

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