Defesa virtual

Diogo Bercito
Soldados israelenses durante exercício militar no sul do país. Crédito Menahem Kahana/AFP

Quando dois foguetes foram disparados contra a cidade israelense de Eilat, hoje pela manhã, sirenes alertaram a população para que buscasse refúgio imediato.

Moradores receberam também, de acordo com o IDF (Forças de Defesa de Israel), mensagens de texto no celular avisando sobre a ameaça. Não houve vítimas no ataque, reivindicado por grupos terroristas alocados no Sinai.

Nos últimos anos, os sistemas de defesa têm se desenvolvido e se integrado em Israel —tarefa a cargo do C4I, divisão de telecomunicações do IDF fundada em 2003.

Com a maior dependência dos equipamentos em relação à tecnologia e às redes de comunicação, cresce também a necessidade de defendê-los em uma nova frente de combate: o meio virtual.

“Essa dimensão não é apenas uma nova fronteira”, me diz a general Ayala Hakim, chefe da divisão de tecnologia da informação no C4I. “É um novo campo de batalha, e há inimigos o tempo todo.”

Há dois anos e meio, foi fundado um novo departamento especificamente responsável em defender as redes militares contra tentativas de invasão, o que inclui desde a rede de alarmes ao redor do país até os sistemas de defesa como o Domo de Ferro, que intercepta mísseis.

A rede civil, visada por hackers do grupo Anonymous, está sob responsabilidade de uma divisão do escritório do primeiro-ministro.

Os sistemas militares e civis são separados, por questões de segurança. O IDF tem há 17 anos, por exemplo, sua própria rede de celulares.

Os investimentos em tecnologia, que incluem o treinamento de jovens durante o serviço militar obrigatório, visam também diminuir tempo, custo e dano colateral.

Em 2006, na guerra no Líbano, houve uma média de 96 alvos por dia. Em 2008, na Operação Chumbo Fundido, foram 81. No ano passado, durante o Pilar de Defesa, foram 172 alvos diários.

Comentários

    1. Pois é! O curioso é que a população jordaniana é formada basicamente de imigrantes palestinos. Entretanto, nesse país o extremismo não tem prosperado. Embora os palestino-jordanianos não morram de amores por Israel, não sofrem a influência ideológica maléfica de grupos extremistas como Hamas e Hizbollah que, ao invés de se aproveitarem da proximidade com um Israel altamente desenvolvido tecnologicamente e buscarem construir progresso e riqueza para seus povos, buscam a guerra, a destruição, vingança e ódio.

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