Conheça o novo embaixador brasileiro em Israel

Diogo Bercito
Embaixador Henrique da Silveira Sardinha Pinto (à dir.) apresenta credenciais a Shimon Peres, presidente de Israel. Crédito Mark Neiman/GPO/Divulgação

Estive, pela manhã, na residência de Shimon Peres, presidente de Israel. Passei a manhã ali para acompanhar, exclusivamente, a chegada do novo embaixador brasileiro, Henrique da Silveira Sardinha Pinto –que apresentou, hoje (10), suas credenciais ao governo israelense.

A cerimônia foi acompanhada pelas equipes do presidente israelense e do embaixador brasileiro, em uma coreografia pontual. Sardinha Pinto foi recebido pela banda presidencial com o hino nacional brasileiro, enquanto subia a rampa para a sala de conferências.

Uma vez sentado ao lado de Peres, o novo embaixador elogiou as relações entre Brasil e Israel e apontou que a boa convivência de judeus e árabes, no Brasil, é exemplar de como é possível manter bons laços entre ambas as populações.

Citando Osvaldo Aranha e a decisão da ONU que possibilitou a criação de Israel, após a Segunda Guerra Mundial, Sardinha Pinto afirmou ter orgulho do apoio brasileiro ao surgimento do Estado israelense.

Após a discussão sobre os eventos esportivos a serem realizados no Brasil, o embaixador afirmou que a seleção israelense de futebol seria bem recebida no país. Peres, rindo, disse que seria “perigoso competir com o Brasil nesse campo”.

Sardinha Pinto substitui a embaixadora Maria Elisa Berenguer no escritório de Tel Aviv. O Brasil, que não reconhece Jerusalém como capital de Israel, mantém um escritório diplomático também em Ramallah, em contato com as autoridades palestinas. O novo embaixador brasileiro em Israel havia estado, antes, na Argélia.

Uma consulta ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mostra que as relações econômicas entre Brasil e Israel são marcadas pela exportação brasileira de “outros açúcares de cana” (21%), “carnes desossadas de bovino congeladas” (20%) e “milho em grão, exceto para semeadura” (11%). O Brasil importa, principalmente, “outros cloretos de potássio” (32%). Os dados estão disponíveis aqui.

Comentários

  1. Exportações: “outros açúcares de cana” (21%), “carnes desossadas de bovino congeladas” (20%) e “milho em grão, exceto para semeadura” (11%).

    País pobre é país pobre.

  2. Estou muito orgulhosa por ter um primo,nossos avós eram irmãos, como embaixador do Brasil em Israel. Filho do Geraldo Sardinha,que foi Secretário Estadual de Educação de MG,segue uma trajetória “SARDINHA” de ser. Muitos políticos,professores,historiadores entre nós,mas ele realmente foi longe.O resto do cardume que vem chegando que estão na fase dos 20 anos estão seguindo e também surpreendendo cada vez mais. Parabéns Henrique! Você merece.

    1. Minha prima Tatiana,que bom saber que existe uma pessoa na família como você.Pois, percebo sua alegria em ver a família crescer na Graça e no Conhecimento.Estou também estudando,fazendo Direito,já me formei na UNIFESP e agora estou prosseguindo com os estudos.Meus filhos,um de 19 anos e outra de 18 anos, estão iniciando o curso de Direito.A minha esposa se formou a CONTADORA. Enfim, será que o sobrenome SARDINHA PINTO é um sinônimo de superação?Creio que sim,pois sabemos que a árvore genealógica da família,teve bons fundamentos , bons princípios e muita história de sofrimento em diversos aspectos,graça ao investimento da EDUCAÇÃO vidas são transformadas ainda mais quando vidas se entregam ao SENHOR JESUS CRISTO.

  3. Séculos e mais séculos após, um descendente de duas famílias de cristãos novos ( Sardinha / Pinto ) retorna à Terra de Israel como embaixador brasileiro.
    Que ele possa estreitar as relações entre os dois países. E, que consiga fazer entender ao nosso governo que a tecnologia agrícola israelense possa, enfim, um dia, ser de grande valia para o nosso semi árido.
    Boa sorte e que ajude no processo de paz entre israelenses e palestinos.

  4. Desejo ao Embaixador um período de trabalho bastante profícuo. Concordo com o Sr. Luiz Rechtman, pois se os políticos brasileiros tivessem interesse, importariam a tecnologia israelense de conviver bem nas terras semiáridas. É impressionante observar as paisagens verdes em pleno deserto.

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