Orientalíssimo https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br por Diogo Bercito Tue, 30 Nov 2021 20:49:20 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 No fim do ano, instituições oferecem cursos sobre o Oriente Médio https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/11/23/no-fim-do-ano-instituicoes-oferecem-cursos-sobre-o-oriente-medio/ https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/11/23/no-fim-do-ano-instituicoes-oferecem-cursos-sobre-o-oriente-medio/#respond Tue, 23 Nov 2021 19:20:37 +0000 https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/Israel-320x213.jpg https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=6359 Nesta semana, o IBI (Instituto Brasil-Israel) oferece uma aula online gratuita sobre as relações entre israelenses e palestinos – um constante tema do noticiário, central ao Oriente Médio contemporâneo. O curso, dado por Tanguy Baghdadi, ocorre na quinta-feira (25) às 19h do horário de Brasília. Baghdadi é professor de relações internacionais do Ibmec, podcaster do Petit Journal e comentarista da Globonews. É preciso se inscrever previamente.

Quem está em busca de mais cursos para este fim de ano pode consultar, também, o calendário do Gepom (Grupo de Estudos e Pesquisa Sobre o Oriente Médio), que sempre tem boas opções. Entre os destaques está o curso de Monique Sochaczewski sobre os judeus do Império Otomano na sexta-feira (27) às 10h. Sochaczewski é cofundadora e pesquisadora sênior do Gepom. Outro destaque é curso de Muna Omran sobre os direitos LGBT em 9 de dezembro às 18h30. Omran é também cofundadora e pesquisadora sênior do Gepom.

Vale a pena ficar de olho, ainda, no Seminário Internacional do Núcleo de Estudos do Oriente Médio da UFF (Universidade Federal Fluminense). A mesa de abertura aconteceu na segunda-feira (22), mas o vídeo segue disponível no YouTube. Participaram Paulo Gabriel Hulu da Rocha Pinto, Paul Amar, Gisele Chagas e John Tofik Karam. Há uma série de outras mesas programadas para estas próximas semanas.

Uma última sugestão é o curso “Pensando a Palestina: direitos humanos e solidariedade internacional”, da rede FFIPP. As aulas começam no dia 4, às 10h. Entre os professores estão o sociólogo palestino Baha Hilo, a bióloga palestina Muna Odeh e o professor da PUC-SP Bruno Huberman. É necessário fazer a inscrição prévia.

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Fotógrafo brasileiro lança livro sobre as suas origens no Líbano https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/09/15/fotografo-brasileiro-lanca-livro-sobre-as-suas-raizes-no-libano/ https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/09/15/fotografo-brasileiro-lanca-livro-sobre-as-suas-raizes-no-libano/#respond Wed, 15 Sep 2021 14:30:43 +0000 https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/bruno2-320x213.jpg https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=6312 Acaba de chegar às minhas mãos o livro “Deus Também Descansa”, do fotógrafo brasileiro Bruno Bou Haya. Lançado em 2020 pela Vento Leste, o trabalho reúne imagens feitas por Haya durante uma viagem ao Líbano em julho de 2019. O assunto, é claro, interessa e muito a este Orientalíssimo blog, que tem cada vez mais publicado notícias sobre a intersecção entre o Brasil e o Líbano. Lancei em maio o livro “Brimos: Imigração Sírio-Libanesa no Brasil e Seu Caminho Até a Política”.

A avó de Haya migrou do Líbano para o Brasil em 1948. Chegou ao Rio Grande do Sul grávida e, como tantos outros migrantes, trabalhou no comércio. A família teve três lojas no Saara, complexo comercial no Rio de Janeiro equivalente à rua 25 de Março em São Paulo. O fotógrafo cresceu ouvindo as histórias de seus antepassados libaneses. Na busca por uma ideia mais sólida de suas raízes, visitou o vilarejo de Beit Menzer — no nordeste do Líbano, próximo a lugares como Ehden e Bsharri. Sua mãe o acompanhou na jornada de auto-descoberta.

As imagens de “Deus Também Descansa” são um importante material visual para a discussão da história da migração libanesa e seus impactos nas gerações de descendentes. O retorno à terra ancestral é um tema central na história de outros descendentes, que processam suas origens de maneiras diferentes. Um outro modo de entender a origem levantina é a literatura, caso de Milton Hatoum, autor de “Dois Irmãos”. Hatoum também é descendente de migrantes libaneses.

Para além das fotografias feitas em Beit Menzer, Haya inclui alguns valiosos documentos históricos no livro. Aparece, por exemplo, uma imagem de seu tio-avô Youssef recebendo o então senador Juscelino Kubitschek no Líbano em 1961. O livro é acompanhado também de uma reprodução de uma edição do jornal O Cedro,  publicado por libaneses em São Paulo, noticiando a morte de Youssef em 1964.

Imagem de “Deus Também Descansa”, de Bruno Bou Haya. Crédito Divulgação

 

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5 livros para conhecer o Líbano, país que se aproxima de um colapso https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/07/20/5-livros-para-conhecer-o-libano-pais-que-se-aproxima-de-um-colapso/ https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/07/20/5-livros-para-conhecer-o-libano-pais-que-se-aproxima-de-um-colapso/#respond Tue, 20 Jul 2021 16:31:54 +0000 https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/07/Libano-320x213.jpg https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=6254 O Líbano vive uma crise sem precedentes. Seu PIB (produto interno bruto) encolheu 20% em 2020 e deve retrair 9,5% neste ano. A libra perdeu mais de 90% de seu valor em relação ao dólar. Mais de metade da população vive abaixo da linha da pobreza. Com tudo isso, o Banco Mundial alertou em junho que o país pode passar por um dos piores colapsos econômicos de todo o mundo desde meados do século 19.

Esse desastre tem passado batido no Brasil, o que é surpreendente. É aqui que vive a maior diáspora libanesa do mundo, estimada em milhões de pessoas. O quibe e a esfiha que comemos diariamente em cidades como São Paulo vieram de lá, assim como as famílias de políticos como Fernando Haddad, Paulo Maluf e Michel Temer.

Para quem quiser conhecer mais sobre o país, este Orientalíssimo blog compila abaixo cinco sugestões de leitura. Se você precisar de uma recomendação específica, fique à vontade para me escrever um email.

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“UMA HISTÓRIA DOS POVOS ÁRABES”, DE ALBERT HOURANI
A primeira sugestão é um livro de base, para um contexto mais geral sobre a história da região. Albert Hourani era um pesquisador britânico-libanês e sua obra é um dos textos de referência para quem está começando a estudar o Oriente Médio. É uma leitura por vezes densa, mas essencial para entender de onde vem o Líbano moderno.

“OS ÁRABES: UMA HISTÓRIA”, DE EUGENE ROGAN
Esta segunda indicação é também para quem precisa de contexto histórico, antes de se debruçar nos detalhes. Eugene Rogan, que foi pupilo de Hourani, narra a história do Oriente Médio desde a chegada dos otomanos no século 16 até hoje. Prestem atenção, em especial, aos trechos sobre o príncipe druso Fakhr al-Din e o protetorado francês.

“OS LIBANESES”, DE MURILO MEIHY
O livro do historiador brasileiro Murilo Meihy é uma excelente porta de entrada para a história libanesa e sua cultura. Meihy escreve para um público amplo, sem jargões. Ele fala, por exemplo, sobre a arte de fumar narguilé — e de xingar. Meihy também toca brevemente nas relações entre Líbano e Brasil, no contexto da migração em massa.

“POBRE NAÇÃO”, DE ROBERT FISK
O premiado (e controverso) jornalista britânico Robert Fisk narra, nesta conhecida obra, a Guerra Civil Libanesa, travada de 1975 a 1990. Fisk foi um dos poucos repórteres a testemunhar aqueles eventos, que moldaram também as histórias dos países vizinhos Israel e Síria. Seu livro é um clássico para conhecer melhor o Líbano contemporâneo.

“A HOUSE OF MANY MANSIONS”, DE KAMAL SALIBI
Esta última sugestão é para quem lê em inglês. O livro do libanês Kamal Salibi é fundamental para conhecer melhor os debates historiográficos a respeito do Líbano — ou seja, como a história do país foi escrita. Salibi analisa uma série de narrativas, como a de que os libaneses são descendentes dos fenícios. Ele fala também do nacionalismo árabe.

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Com cônsul honorário em Campinas, Líbano amplia presença no Brasil https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/07/08/com-novo-consulado-em-campinas-libano-expande-diplomacia-no-brasil/ https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/07/08/com-novo-consulado-em-campinas-libano-expande-diplomacia-no-brasil/#respond Thu, 08 Jul 2021 16:12:01 +0000 https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/07/Temer-e1625759620559-320x213.jpg https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=6231 O governo libanês inaugurou nesta segunda-feira (5) um consulado honorário em Campinas, no interior de São Paulo. O novo escritório, que será chefiado pelo cônsul honorário Miled El Khoury, faz parte de um projeto de ampliação da representação do Líbano no Brasil.

O Líbano já tem embaixada em Brasília e consulados gerais em São Paulo e no Rio de Janeiro. Nos últimos anos, o país estabeleceu consulados honorários em Belém, Goiânia, Belo Horizonte, Curitiba e Campo Grande. Há planos de expansão para Santos e Florianópolis, na sequência. Cônsules honorários têm um trabalho simbólico de aproximação, por exemplo, no âmbito econômico.

Não à toa o Brasil chama tanto a atenção do Líbano. O país abriga hoje a maior comunidade libanesa do mundo. Há controvérsias sobre as estimativas, mas o Itamaraty fala, por exemplo, em entre 7 e 10 milhões de libaneses e descendentes no país. Segundo informações do novo consulado honorário, há 300 mil libaneses e descendentes na região metropolitana de Campinas, representada pelo escritório.

A presença de libaneses em cargos públicos é um dos exemplos mais claros da influência dessa comunidade no Brasil. O ex-presidente Michel Temer — que participou da cerimônia de inauguração — é filho de libaneses do vilarejo de Btaaboura. Também tem essa origem levantina o próprio prefeito de Campinas, Dário Saadi, outro presente no evento. Há libaneses e descendentes em outras áreas, ademais. Por exemplo, os escritores Milton Hatoum e Raduan Nassar, a cantora Wanderléa, o ator Maurício Mattar e o jornalista Guga Chacra.

Os laços entre os dois países levaram o Brasil a oferecer ajuda ao Líbano depois que uma explosão devastou Beirute, no ano passado. Há planos, agora, de criar um fundo para brasileiros investirem no Líbano — que vive um dramático colapso econômico nestes últimos meses.

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Entenda por que Sheikh Jarrah está no centro da crise em Jerusalém https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/05/10/bairro-palestino-sheikh-jarrah-esta-no-centro-da-crise-em-jerusalem/ https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/05/10/bairro-palestino-sheikh-jarrah-esta-no-centro-da-crise-em-jerusalem/#respond Mon, 10 May 2021 21:23:06 +0000 https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/Jerusalem-320x213.jpg https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=6144 O pavio da violência está reaceso em Jerusalém e, ao que parece, pode levar algum tempo para se apagar. Em seu coração, está um pequeno bairro palestino chamado Sheikh Jarrah –quase esquecido nestes últimos dias, entre as notícias de embates e bombardeios aéreos.

A história não é nova. Há anos, na verdade, essa vizinhança em Jerusalém Oriental opõe palestinos e israelenses. Em 2014, quando eu era correspondente da Folha no Oriente Médio, eu escrevi uma reportagem sobre as tensões entre os moradores daquele bairro.

As casas de Sheikh Jarrah foram construídas em 1956 pelo governo Jordaniano –que naquela época controlava a parte leste de Jerusalém– para abrigar famílias de refugiados palestinos. Eles tinham sido forçados a deixar as suas casas após a criação do Estado de Israel, em 1948. Depois da subsequente tomada de Jerusalém Oriental por Israel, em 1967, colonos israelenses começaram a se mudar para o bairro.

Em parte, os colonos se baseavam na história da comunidade judaica que morava ali na Antiguidade, perto da tumba de Simeão, um sumo sacerdote de em torno de 300 a.C. Eles se baseavam também na suposta compra de terrenos no século 19, contestada por palestinos. A lei israelense permite que israelenses retomem as propriedades que eles deixaram em 1948. Palestinos, porém, não podem fazer o mesmo.

Após uma série de disputas legais, Israel começou a despejar famílias palestinas de Sheikh Jarrah, no que palestinos chamam de limpeza étnica. A última vez foi em 2009, com a expulsão das famílias Hanoun e Ghawi. Mas a tensão seguiu. Em 2014, quando escrevi minha reportagem, a família Kurd tinha que dividir sua casa com colonos judeus que tinham se instalado ali, sob a vista das autoridades.

A retomada recente de ações de despejo voltou a inflamar os ânimos. Há ações em curso para expulsar diversas famílias. Houve protestos de palestinos contra essas medidas, seguidos de embates com as autoridades israelenses. Sheikh Jarrah se tornou, assim, um símbolo de uma questão maior –em especial, o uso de leis que se aplicam apenas a parte da população e a frequente expulsão de palestinos de suas casas.

Foi nesse contexto que os últimos eventos se desenrolaram. Entre eles, a violência na mesquita de al-Aqsa, a terceira mais sagrada para o islã. Forças de segurança israelenses dispararam balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo dentro da mesquita, que estava lotada de fiéis neste período festivo de ramadã, o mês sagrado para os muçulmanos. Segundo o Centro Palestino para os Direitos Humanos, 305 palestinos foram feridos no local nesta segunda-feira (10).

Agravando a situação, a facção radical Hamas lançou foguetes contra Jerusalém. O grupo, considerado terrorista por Israel e pelos Estados Unidos, vinha ameaçando Israel devido ao que estava acontecendo em Sheikh Jarrah e na mesquita de al-Aqsa. Em revide, o Exército israelense bombardeou a faixa de Gaza. Segundo o Hamas, nove pessoas morreram durante os ataques aéreos, incluindo três crianças.

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MIS expõe fotos sobre muçulmanos de origem africana no Brasil https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/05/03/mis-expoe-fotos-sobre-muculmanos-de-origem-africana-no-brasil/ https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/05/03/mis-expoe-fotos-sobre-muculmanos-de-origem-africana-no-brasil/#respond Mon, 03 May 2021 21:30:31 +0000 https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/TarikhalBrasil-320x213.jpg https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=6122 O fotógrafo Marcelo Schellini exibe desde 1º de maio no MIS (Museu da Imagem e do Som) uma série de retratos da comunidade muçulmana de origem africana no Brasil. O projeto “Tarikh al-Brasil” (história do Brasil, em árabe) é um registro feito durante os dez anos em que Schellini acompanhou esse grupo negligenciado. Segundo a descrição feita pelo próprio fotógrafo, trata-se de “uma pesquisa visual sobre a visibilidade e invisibilidade” desses muçulmanos na trajetória do país.

Escravizados, os muçulmanos de origem africana tiveram um papel fundamental na construção social do país. Eles protagonizaram, em 1835, uma das principais revoltas do século 19, o Levante dos Malês. Se esse episódio interessa a vocês, caros orientalíssimos leitores, a vale a pena procurar o estudo seminal do pesquisador João José Reis — “Rebelião Escrava no Brasil” (Companhia das Letras, R$ 99, 680 págs.).

As fotografias de Schellini integram um projeto mais amplo do MIS. Ao lado da exposição dele, estreiam outras cinco como parte da ação Nova Fotografia 2020. Gratuita, “Tarikh al-Brasil” vai até 1º de agosto. É necessário seguir os protocolos sanitários durante a visita — entre eles, a tomada da temperatura, o uso de máscara e o distanciamento social.

Um pequeno Alcorão, parte da mostra de fotografias “Tarikh al-Brasil”. Crédito Reprodução
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Evento debate a literatura escrita por migrantes árabes no Brasil https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/04/23/evento-debate-a-literatura-escrita-por-migrantes-arabes-no-brasil/ https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/04/23/evento-debate-a-literatura-escrita-por-migrantes-arabes-no-brasil/#respond Fri, 23 Apr 2021 16:15:00 +0000 https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/Shafiq-320x213.jpg https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=6110 Entre os mais de 150 mil árabes que migraram para o Brasil a partir de 1870, vieram jornalistas e escritores. Radicados em cidades como São Paulo e o Rio, eles escreveram em sua língua nativa — gerando uma produção cultural que poucas vezes é celebrada. O Brasil era inclusive, nas primeiras décadas do século 20, um dos centros intelectuais do mundo árabe. Entre 1880 e 1929, havia 95 jornais e revistas em árabe no Brasil. Em comparação, havia 82 publicações na Palestina durante o mesmo período. Até 1944, essa comunidade já havia publicado ao menos 156 livros em língua árabe, somando ao menos 200 mil cópias.

Essa história vai ser celebrada nesta sexta-feira (23) às 17h em um evento organizado pela Editora Tabla. O bate-papo vai contar com diversos especialistas. Por exemplo, a historiadora Heloisa Abreu Dib, que coordena um projeto de digitalização de documentos da comunidade sírio-libanesa no Brasil. Participará também Alberto Sismondini, da Universidade de Coimbra, que estuda a literatura brasileira de origem árabe. Estarão na mesa, também, a pesquisadora e jornalista Christina Queiroz e o professor da USP Michel Sleiman.

Gratuito, o evento será transmitido pelo YouTube e pelo Facebook da editora e poderá ser visto depois. Fundada em 2020, a Tabla tem como um de seus enfoques a tradução da literatura árabe para o português.

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Cursos gratuitos mostram contribuições árabes à ciência e às artes https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/04/08/cursos-gratuitos-mostram-contribuicoes-arabes-a-ciencia-e-as-artes/ https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/04/08/cursos-gratuitos-mostram-contribuicoes-arabes-a-ciencia-e-as-artes/#respond Thu, 08 Apr 2021 14:15:41 +0000 https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/Screen-Shot-2021-04-08-at-9.58.51-AM-320x213.png https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=6090 O ICArabe (Instituto da Cultura Árabe) oferece desde fevereiro uma série de cursos gratuitos sobre as contribuições da civilização árabe-islâmica para a humanidade. São 21 aulas no total, dadas por especialistas em temas como matemática, física, filosofia, comida, migração e música. Os encontros geralmente acontecem às quintas-feiras às 19h pelo Zoom e são seguidos por debates com o público.

A lista de cursos está abaixo. No caso das aulas que já tinham sido dadas antes da publicação deste texto, o link leva a um vídeo no YouTube. Para os encontros ainda a ser realizados, como a conversa sobre léxico árabe no português em 15 de abril, é necessário fazer a inscrição. No caso de dúvida, procurem também o canal no YouTube.

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25.fev – Ciências da vida, com Murched Omar Taha (Unifesp)

4.mar – Os árabes e o desenvolvimento da ciência, com Soraya Soubhi Smaili (Unifesp)

11.mar – Unani Tibb: Introdução à medicina greco-árabe, com Anaíse Shigue (Unifesp)

18.mar – Arquitetura e padrões artísticos islâmicos, com Lygia Ferreira Rocco (USP)

24.mar – Finanças islâmicas, com Angela Martins (First Abu Dhabi Bank)

1º.abr – As contribuições dos árabes à física, com Ivã Gurgel (USP)

15.abr – Léxico português de origem árabe, com João Baptista Vargens (UFRJ)

22.abril A filosofia no mundo islâmico medieval, com Jamil Ibrahim Iskandar (Unifesp)

29.abr – Direito islâmico, com Salem Hikmat Nasser (FGV)

6.mai – Música árabe, com Marcia Dib

13.mai – As Mil e Uma Noites, com Mamede Mustafa Jarouche (USP)

20.mai – Islã medieval e historiografia, com Beatriz Bisso (UFRJ)

27.mai – A imigração árabe ao Brasil contemporâneo, com Jamil Zugueib Neto (UFPR)

10.jun – A poesia árabe no mundo, com Michel Sleiman (USP)

17.jun – Casa de sabedoria em Bagdá, com Ayman Esmandar

24.jun – Escritoras árabes contemporâneas, com Safa Jubran (USP)

1º.jul – Cozinhas árabes, com Fred Caffarena (FIRIN)

8.jul – A contribuição dos árabes para a química, com Mansur Lutfi (Unicamp)

15.jul – A medicina medieval islâmica de Avicena e Rasis, com Renato Marcos Sabbatini (Edumed)

20.jul – As contribuições dos árabes à matemática, com Francisco Miraglia Neto (USP)

22.jul – Biologia e ciências do ambiente, com Mohamed Habib (Unicamp)

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Evento virtual celebra o 25 de março, dia da comunidade árabe https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/03/25/evento-virtual-celebra-o-25-de-marco-dia-da-comunidade-arabe/ https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/03/25/evento-virtual-celebra-o-25-de-marco-dia-da-comunidade-arabe/#respond Thu, 25 Mar 2021 14:15:21 +0000 https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/03/25Marco2-320x213.jpg https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=6078 A Câmara de Comércio Árabe – Brasileira comemora nesta quinta-feira (25) o dia nacional da comunidade árabe com um evento virtual. A celebração começa às 19h na plataforma digital Zoom. Especialistas vão conversar sobre a história dos árabes no Brasil. A Câmara deve apresentar, também, os resultados do censo realizado no ano passado, que sugeriu a presença de 12 milhões de pessoas com ascendência árabe no Brasil. Gratuita, a inscrição pode ser feita por este link.

Como parte das celebrações deste dia, a Câmara vai exibir também uma série de depoimentos gravados por descendentes de árabes e outras pessoas ligadas à comunidade. Há um vídeo do ex-presidente Michel Temer, filho de migrantes do vilarejo de Btaaboura, por exemplo. O autor deste Orientalíssimo blog também gravou um depoimento sobre sua experiência com os árabes no Brasil. Alguns dos vídeos estarão disponíveis nas redes sociais da Câmara de Comércio.

Vindos principalmente do que são hoje os Estados da Síria e do Líbano, árabes começaram a migrar para o Brasil por volta do ano 1870. Eles deixaram o Império Otomano devido a uma série de fatores, entre eles o colapso da economia da seda e uma praga que devastou plantações de uva. Segundo as estimativas de historiadores, cerca de 150 mil deles chegaram ao Brasil. Fundaram jornais, associações beneficentes, clubes e hospitais. Diversos de seus descendentes — como Paulo Maluf, Fernando Haddad e Guilherme Boulos — foram parar na política.

O dia 25 de março foi oficializado em 2008 como a data dessa comunidade no Brasil. O motivo é óbvio: foi justamente  na rua 25 de Março, no centro de São Paulo, que os sírios e libaneses se concentraram nas primeiras décadas de sua migração. Apesar de o perfil da região ter se alterado com a mudança de algumas famílias para outros bairros e a chegada de migrantes asiáticos, a 25 de Março segue sendo um dos ícones da presença sírio-libanesa no Brasil.

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Professores oferecem nova leva de cursos online sobre o mundo árabe https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/02/22/professores-oferecem-nova-leva-de-cursos-online-sobre-o-mundo-arabe/ https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/02/22/professores-oferecem-nova-leva-de-cursos-online-sobre-o-mundo-arabe/#respond Mon, 22 Feb 2021 15:14:45 +0000 https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/02/Quran-320x213.jpg https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=6032 Em 2020, com o mundo isolado em casa, escolas e grupos de pesquisa ofereceram uma série de cursos online sobre o mundo de cultura árabe. Por exemplo, houve cursos do Gepom, da Universidade Federal do Sergipe e da Revista Diáspora. Ao que parece, 2021 segue a mesma tendência. Já há diversas aulas agendadas para os próximos meses, para quem quiser preencher sua quarentena com estudos.

O Instituto de Cultura Árabe Brasileira, com sede em Brasília, está lançando uma série de minicursos. O primeiro deles, com aulas do analista estratégico Mohammed Hadjab, será uma introdução ao nacionalismo árabe. O curso começa em 24 de fevereiro. São quatro aulas de duas horas cada uma com o custo total de R$ 150. As inscrições devem ser feitas por este WhatsApp: (61) 99824-0503.

Já o Gepom, que ofereceu excelentes aulas no ano passado, volta com um cardápio de ao menos cinco outros cursos: “História do Islã”, “Recortes Femininos do Mundo Árabe”, “Escritoras do Oriente Médio”, “Cultura e Resistência na Palestina” e “Líbano – História e Cultura”. As aulas são ministradas por Monique Sochaczewski, Muna Omran e Andrew Traumann. Todos os cursos do Gepom são virtuais, duram quatro aulas e custam R$ 300. Para mais informações e inscrições é necessário escrever para o email cursosorientemedio@gmail.com.

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