Orientalíssimo https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br por Diogo Bercito Tue, 30 Nov 2021 20:49:20 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 No fim do ano, instituições oferecem cursos sobre o Oriente Médio https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/11/23/no-fim-do-ano-instituicoes-oferecem-cursos-sobre-o-oriente-medio/ https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/11/23/no-fim-do-ano-instituicoes-oferecem-cursos-sobre-o-oriente-medio/#respond Tue, 23 Nov 2021 19:20:37 +0000 https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/Israel-320x213.jpg https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=6359 Nesta semana, o IBI (Instituto Brasil-Israel) oferece uma aula online gratuita sobre as relações entre israelenses e palestinos – um constante tema do noticiário, central ao Oriente Médio contemporâneo. O curso, dado por Tanguy Baghdadi, ocorre na quinta-feira (25) às 19h do horário de Brasília. Baghdadi é professor de relações internacionais do Ibmec, podcaster do Petit Journal e comentarista da Globonews. É preciso se inscrever previamente.

Quem está em busca de mais cursos para este fim de ano pode consultar, também, o calendário do Gepom (Grupo de Estudos e Pesquisa Sobre o Oriente Médio), que sempre tem boas opções. Entre os destaques está o curso de Monique Sochaczewski sobre os judeus do Império Otomano na sexta-feira (27) às 10h. Sochaczewski é cofundadora e pesquisadora sênior do Gepom. Outro destaque é curso de Muna Omran sobre os direitos LGBT em 9 de dezembro às 18h30. Omran é também cofundadora e pesquisadora sênior do Gepom.

Vale a pena ficar de olho, ainda, no Seminário Internacional do Núcleo de Estudos do Oriente Médio da UFF (Universidade Federal Fluminense). A mesa de abertura aconteceu na segunda-feira (22), mas o vídeo segue disponível no YouTube. Participaram Paulo Gabriel Hulu da Rocha Pinto, Paul Amar, Gisele Chagas e John Tofik Karam. Há uma série de outras mesas programadas para estas próximas semanas.

Uma última sugestão é o curso “Pensando a Palestina: direitos humanos e solidariedade internacional”, da rede FFIPP. As aulas começam no dia 4, às 10h. Entre os professores estão o sociólogo palestino Baha Hilo, a bióloga palestina Muna Odeh e o professor da PUC-SP Bruno Huberman. É necessário fazer a inscrição prévia.

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Revista produzida por jornalistas do Oriente Médio celebra um ano https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/10/11/revista-produzida-por-jornalistas-do-oriente-medio-celebra-um-ano/ https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/10/11/revista-produzida-por-jornalistas-do-oriente-medio-celebra-um-ano/#respond Mon, 11 Oct 2021 14:57:32 +0000 https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/Screen-Shot-2021-10-11-at-10.50.05-AM-320x213.png https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=6327 Árabes, muçulmanos e suas diásporas costumam reclamar – em geral, com toda a razão – da cobertura feita por veículos estrangeiros. Grandes jornais e canais de TV de fora do Oriente Médio têm as suas limitações, incluindo uma longa dificuldade em entender as nuances da região. Existe também um enfoque excessivo em temas como terrorismo e religião, contribuindo à construção de estereótipos.

Nesse contexto, é alegre a celebração do primeiro aniversário da revista New Lines. Produzida em inglês por gente do Oriente Médio ou com excepcional familiaridade com a região, essa publicação tem conseguido trazer complexidade ao debate público. “Profundidade e nuance”, como eles mesmo apregoam no texto de aniversário – além de amplificar as vozes locais, desafiando as narrativas pré-fabricadas.

A equipe inclui nomes de peso como o de Hassan Hassan, especialista em terrorismo e co-autor do best-seller “ISIS: Desvendando o Exército do Terror”. Também faz parte da equipe o jornalista Kareem Shaheen, que foi correspondente do britânico Guardian no Oriente Médio.

A língua inglesa limita, é claro, a audiência da revista. Este Orientalíssimo blog costuma evitar essas sugestões, que não são acessíveis a todos. Mas a consolidação da New Lines é uma boa notícia em si, e o conteúdo vale o esforço da leitura no idioma estrangeiro.

Entre os destaques do primeiro ano da New Lines, compilados pela equipe deles, está uma reportagem sobre o gênero da ficção científica em árabe. A revista também publicou textos relevantes, com furos, como o perfil que Feras Kilani escreveu sobre o novo auto-proclamado califa da organização terrorista Estado Islâmico. Ademais, quem leu o trabalho de Fazelminallah Qazizai no Afeganistão talvez não tenha se surpreendido com o retorno do Talibã no Afeganistão neste ano.

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Fotógrafo brasileiro lança livro sobre as suas origens no Líbano https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/09/15/fotografo-brasileiro-lanca-livro-sobre-as-suas-raizes-no-libano/ https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/09/15/fotografo-brasileiro-lanca-livro-sobre-as-suas-raizes-no-libano/#respond Wed, 15 Sep 2021 14:30:43 +0000 https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/bruno2-320x213.jpg https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=6312 Acaba de chegar às minhas mãos o livro “Deus Também Descansa”, do fotógrafo brasileiro Bruno Bou Haya. Lançado em 2020 pela Vento Leste, o trabalho reúne imagens feitas por Haya durante uma viagem ao Líbano em julho de 2019. O assunto, é claro, interessa e muito a este Orientalíssimo blog, que tem cada vez mais publicado notícias sobre a intersecção entre o Brasil e o Líbano. Lancei em maio o livro “Brimos: Imigração Sírio-Libanesa no Brasil e Seu Caminho Até a Política”.

A avó de Haya migrou do Líbano para o Brasil em 1948. Chegou ao Rio Grande do Sul grávida e, como tantos outros migrantes, trabalhou no comércio. A família teve três lojas no Saara, complexo comercial no Rio de Janeiro equivalente à rua 25 de Março em São Paulo. O fotógrafo cresceu ouvindo as histórias de seus antepassados libaneses. Na busca por uma ideia mais sólida de suas raízes, visitou o vilarejo de Beit Menzer — no nordeste do Líbano, próximo a lugares como Ehden e Bsharri. Sua mãe o acompanhou na jornada de auto-descoberta.

As imagens de “Deus Também Descansa” são um importante material visual para a discussão da história da migração libanesa e seus impactos nas gerações de descendentes. O retorno à terra ancestral é um tema central na história de outros descendentes, que processam suas origens de maneiras diferentes. Um outro modo de entender a origem levantina é a literatura, caso de Milton Hatoum, autor de “Dois Irmãos”. Hatoum também é descendente de migrantes libaneses.

Para além das fotografias feitas em Beit Menzer, Haya inclui alguns valiosos documentos históricos no livro. Aparece, por exemplo, uma imagem de seu tio-avô Youssef recebendo o então senador Juscelino Kubitschek no Líbano em 1961. O livro é acompanhado também de uma reprodução de uma edição do jornal O Cedro,  publicado por libaneses em São Paulo, noticiando a morte de Youssef em 1964.

Imagem de “Deus Também Descansa”, de Bruno Bou Haya. Crédito Divulgação

 

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Mostra de cinema árabe traz sete filmes inéditos para o Brasil https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/08/09/mostra-de-cinema-arabe-traz-sete-filmes-ineditos-para-o-brasil/ https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/08/09/mostra-de-cinema-arabe-traz-sete-filmes-ineditos-para-o-brasil/#respond Mon, 09 Aug 2021 17:40:44 +0000 https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/08/200-320x213.jpg https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=6272 Estreia em 19 de agosto a 16ª edição da Mostra Mundo Árabe de Cinema. O evento – já tradicional no calendário cultural de São Paulo – ocorre virtualmente neste ano. Os filme serão transmitidos pelo site oficial da mostra e pela plataforma Sesc Digital. Haverá também painéis, reunindo diretores e especialistas para debater as produções.

No dia 27 de agosto, às 18h, o autor deste Orientalíssimo blog media um debate entre o cineasta palestino Ameen Nayfeh e a historiadora brasileira Maria Aparecida Aquino, da Universidade de São Paulo.

A Mostra Mundo Árabe de Cinema é uma realização do ICArabe (Instituto de Cultura Árabe), com correalização do Sesc São Paulo e patrocínio da Casa Árabe. Com curadoria de Arthur Jafet, o evento traz neste ano sete filmes inéditos no Brasil. Veja abaixo os trailers deles:

Caos / Áustria, Síria, Líbano, Qatar / 2018

Aclamado documentário de Sarah Fattahi sobre três mulheres sírias deslocadas devido à cruenta guerra civil que assola o país desde 2011.

Chave de Fenda / Palestina, Qatar e EUA /  2018

Thriller psicológico de Bassam Jarbawi sobre a reintegração de palestinos à sociedade após suas detenções em prisões israelenses.

Os Espantalhos / Tunísia, Marrocos e Luxemburgo / 2019

Mais uma produção sobre a reabilitação social de prisioneiros. Neste caso, Nouri Bouzid conta a história de mulheres detidas na Tunísia.

Nós somos de lá / Líbano, França / 2020

Documentário de Wissam Tanios sobre dois irmãos fugindo da guerra na Síria. Vão para  Alemanha e a Suécia, onde eles recomeçam do zero.

Bagdá Vive em Mim / Suíça, Alemanha, Reino Unido / 2019

Longa de ficção de Samir Jamaleddine sobre a integração de migrantes iraquianos em Londres e o seu contato com os valores sociais locais.

A 200 Metros / Palestina, Jordânia, Qatar, Suécia, Itália / 2020

Filme de Ameen Nayfeh sobre a luta de um pai desesperado para cruzar o muro que divide a Cisjordânia e Israel — apenas 200 metros.

In Memoriam / Brasil, Argentina, Síria / 2021

Curta de Otávio Cury de tom auto-biográfico sobre a busca de um descendente de sírios por suas raízes na terra dos antepassados.

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Universidade lança clube de leitura dedicado à literatura árabe https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/06/21/universidade-lanca-clube-de-leitura-dedicado-a-literatura-arabe/ https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/06/21/universidade-lanca-clube-de-leitura-dedicado-a-literatura-arabe/#respond Mon, 21 Jun 2021 13:40:11 +0000 https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/06/CEAI2-320x213.jpg https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=6212 A UFS (Universidade Federal de Sergipe) estreia em julho um clube de leitura dedicado à literatura árabe – se não o único, ao menos um dos poucos do tipo no Brasil. O projeto faz parte do Centro de Estudos Árabes e Islâmicos, inaugurado no fim de 2019. O clube vai se reunir uma vez por mês na internet para conversar sobre a obra escolhida. A participação é gratuita, mas é preciso fazer a inscrição previamente.

Segundo a Agência de Notícias Brasil – Árabe, o ciclo de violência recente em Jerusalém e na faixa de Gaza foi um dos catalisadores do projeto. “Sentimos a necessidade de falar de formas diversas sobre o que acontece no Oriente Médio, fugir da efemeridade superficial com que os grandes meios de comunicação abordam a Palestina e os países árabes”, disse à agência Marianne Gennari, uma das criadoras do clube.

No primeiro encontro, o grupo vai discutir a coletânea de contos “Beirute Noir”, da libanesa Iman Humaydan. Os participantes terão desconto na compra do livro, graças a uma parceria entre o clube de leitura e a editora Tabla. Já para a segunda reunião a obra escolhida é “O Sussurro das Estrelas”, do egípcio Naguib Mahfouz, publicado no Brasil pela editora Carambaia. Mahfouz é o único autor de língua árabe a ter recebido um Nobel de Literatura. No futuro, o clube vai também conversar sobre a literatura que foi escrita por árabes na diáspora.

O clube de leitura da universidade sergipana coincide com um excelente momento para a literatura árabe no Brasil. Como recentemente expliquei na revista Quatro Cinco Um, nunca se traduziu tanto do árabe para o português. Isso é em parte resultado do surgimento de um grupo de tradutores na USP capitaneados pela professora Safa Jubran, além de uma editora especializada, a Tabla.

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Grátis, mostra online exibe 40 filmes dirigidos por mulheres árabes https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/05/26/gratis-mostra-online-exibe-40-filmes-dirigidos-por-mulheres-arabes/ https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/05/26/gratis-mostra-online-exibe-40-filmes-dirigidos-por-mulheres-arabes/#respond Wed, 26 May 2021 14:10:34 +0000 https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/Jamila-320x213.jpg https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=6175 A Mostra de Cinema Árabe Feminino, organizada pelo Centro Cultural Banco do Brasil, exibe 40 filmes dirigidos por mulheres árabes — 27 deles inéditos no país — durante seis semanas. O festival gratuito, inaugurado no último dia 19, vai até 27 de junho. A curadoria é das brasileiras Analu Bambirra e Carol Almeida e da egípcia Alia Ayman.

Os filmes estão disponíveis no site da mostra, com legendas em português. A cada semana, o cardápio muda. De 26 de maio a 1º de junho, por exemplo, a mostra exibe “O Protesto Silencioso: 1929 Jerusalem” (2019), “Você Já Matou um Urso – Ou Tornando-se Jamila” (2013/2014), “Carta a um Amigo” (2019) e “Um Sentimento Maior Que o Amor” (2019), entre outros. O festival mistura gêneros como curtas, longas e documentários. É necessário fazer um cadastro no site.

A Mostra de Cinema Árabe Feminino também inclui mesas redondas e palestras. Nesta sexta-feira (28) às 14h, por exemplo, o evento reúne convidados para conversar sobre a relação entre corpos e territórios de palestinos. Participam a pesquisadora Dina Matar, a cineasta Mahasen Nasser-Eldin e a artista Riham Issac. A moderação é da produtora cultural Daniele Abilas e do professor Fernando Resende (UFF).
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MIS expõe fotos sobre muçulmanos de origem africana no Brasil https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/05/03/mis-expoe-fotos-sobre-muculmanos-de-origem-africana-no-brasil/ https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/05/03/mis-expoe-fotos-sobre-muculmanos-de-origem-africana-no-brasil/#respond Mon, 03 May 2021 21:30:31 +0000 https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/TarikhalBrasil-320x213.jpg https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=6122 O fotógrafo Marcelo Schellini exibe desde 1º de maio no MIS (Museu da Imagem e do Som) uma série de retratos da comunidade muçulmana de origem africana no Brasil. O projeto “Tarikh al-Brasil” (história do Brasil, em árabe) é um registro feito durante os dez anos em que Schellini acompanhou esse grupo negligenciado. Segundo a descrição feita pelo próprio fotógrafo, trata-se de “uma pesquisa visual sobre a visibilidade e invisibilidade” desses muçulmanos na trajetória do país.

Escravizados, os muçulmanos de origem africana tiveram um papel fundamental na construção social do país. Eles protagonizaram, em 1835, uma das principais revoltas do século 19, o Levante dos Malês. Se esse episódio interessa a vocês, caros orientalíssimos leitores, a vale a pena procurar o estudo seminal do pesquisador João José Reis — “Rebelião Escrava no Brasil” (Companhia das Letras, R$ 99, 680 págs.).

As fotografias de Schellini integram um projeto mais amplo do MIS. Ao lado da exposição dele, estreiam outras cinco como parte da ação Nova Fotografia 2020. Gratuita, “Tarikh al-Brasil” vai até 1º de agosto. É necessário seguir os protocolos sanitários durante a visita — entre eles, a tomada da temperatura, o uso de máscara e o distanciamento social.

Um pequeno Alcorão, parte da mostra de fotografias “Tarikh al-Brasil”. Crédito Reprodução
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Evento debate a literatura escrita por migrantes árabes no Brasil https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/04/23/evento-debate-a-literatura-escrita-por-migrantes-arabes-no-brasil/ https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/04/23/evento-debate-a-literatura-escrita-por-migrantes-arabes-no-brasil/#respond Fri, 23 Apr 2021 16:15:00 +0000 https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/Shafiq-320x213.jpg https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=6110 Entre os mais de 150 mil árabes que migraram para o Brasil a partir de 1870, vieram jornalistas e escritores. Radicados em cidades como São Paulo e o Rio, eles escreveram em sua língua nativa — gerando uma produção cultural que poucas vezes é celebrada. O Brasil era inclusive, nas primeiras décadas do século 20, um dos centros intelectuais do mundo árabe. Entre 1880 e 1929, havia 95 jornais e revistas em árabe no Brasil. Em comparação, havia 82 publicações na Palestina durante o mesmo período. Até 1944, essa comunidade já havia publicado ao menos 156 livros em língua árabe, somando ao menos 200 mil cópias.

Essa história vai ser celebrada nesta sexta-feira (23) às 17h em um evento organizado pela Editora Tabla. O bate-papo vai contar com diversos especialistas. Por exemplo, a historiadora Heloisa Abreu Dib, que coordena um projeto de digitalização de documentos da comunidade sírio-libanesa no Brasil. Participará também Alberto Sismondini, da Universidade de Coimbra, que estuda a literatura brasileira de origem árabe. Estarão na mesa, também, a pesquisadora e jornalista Christina Queiroz e o professor da USP Michel Sleiman.

Gratuito, o evento será transmitido pelo YouTube e pelo Facebook da editora e poderá ser visto depois. Fundada em 2020, a Tabla tem como um de seus enfoques a tradução da literatura árabe para o português.

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Cursos gratuitos mostram contribuições árabes à ciência e às artes https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/04/08/cursos-gratuitos-mostram-contribuicoes-arabes-a-ciencia-e-as-artes/ https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/04/08/cursos-gratuitos-mostram-contribuicoes-arabes-a-ciencia-e-as-artes/#respond Thu, 08 Apr 2021 14:15:41 +0000 https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/Screen-Shot-2021-04-08-at-9.58.51-AM-320x213.png https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=6090 O ICArabe (Instituto da Cultura Árabe) oferece desde fevereiro uma série de cursos gratuitos sobre as contribuições da civilização árabe-islâmica para a humanidade. São 21 aulas no total, dadas por especialistas em temas como matemática, física, filosofia, comida, migração e música. Os encontros geralmente acontecem às quintas-feiras às 19h pelo Zoom e são seguidos por debates com o público.

A lista de cursos está abaixo. No caso das aulas que já tinham sido dadas antes da publicação deste texto, o link leva a um vídeo no YouTube. Para os encontros ainda a ser realizados, como a conversa sobre léxico árabe no português em 15 de abril, é necessário fazer a inscrição. No caso de dúvida, procurem também o canal no YouTube.

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25.fev – Ciências da vida, com Murched Omar Taha (Unifesp)

4.mar – Os árabes e o desenvolvimento da ciência, com Soraya Soubhi Smaili (Unifesp)

11.mar – Unani Tibb: Introdução à medicina greco-árabe, com Anaíse Shigue (Unifesp)

18.mar – Arquitetura e padrões artísticos islâmicos, com Lygia Ferreira Rocco (USP)

24.mar – Finanças islâmicas, com Angela Martins (First Abu Dhabi Bank)

1º.abr – As contribuições dos árabes à física, com Ivã Gurgel (USP)

15.abr – Léxico português de origem árabe, com João Baptista Vargens (UFRJ)

22.abril A filosofia no mundo islâmico medieval, com Jamil Ibrahim Iskandar (Unifesp)

29.abr – Direito islâmico, com Salem Hikmat Nasser (FGV)

6.mai – Música árabe, com Marcia Dib

13.mai – As Mil e Uma Noites, com Mamede Mustafa Jarouche (USP)

20.mai – Islã medieval e historiografia, com Beatriz Bisso (UFRJ)

27.mai – A imigração árabe ao Brasil contemporâneo, com Jamil Zugueib Neto (UFPR)

10.jun – A poesia árabe no mundo, com Michel Sleiman (USP)

17.jun – Casa de sabedoria em Bagdá, com Ayman Esmandar

24.jun – Escritoras árabes contemporâneas, com Safa Jubran (USP)

1º.jul – Cozinhas árabes, com Fred Caffarena (FIRIN)

8.jul – A contribuição dos árabes para a química, com Mansur Lutfi (Unicamp)

15.jul – A medicina medieval islâmica de Avicena e Rasis, com Renato Marcos Sabbatini (Edumed)

20.jul – As contribuições dos árabes à matemática, com Francisco Miraglia Neto (USP)

22.jul – Biologia e ciências do ambiente, com Mohamed Habib (Unicamp)

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Indicado ao Oscar, curta palestino entra no cardápio da Netflix https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/03/18/indicado-ao-oscar-curta-palestino-entra-no-cardapio-da-netflix/ https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2021/03/18/indicado-ao-oscar-curta-palestino-entra-no-cardapio-da-netflix/#respond Thu, 18 Mar 2021 14:02:30 +0000 https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/03/ThePresent-320x213.jpg https://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=6066 O curta-metragem palestino “The Present” entrou nesta quinta-feira (18) no serviço de streaming Netflix. Indicado ao Oscar, o filme de 24 minutos conta a história de um homem palestino e sua filha tentando cruzar as fronteiras entre a Cisjordânia e Israel para comprar um presente. O trailer está disponível abaixo, com legendas em inglês:

“The Present” é dirigido pela palestina-britânica Farah Nabulsi, responsável por outros quatro curtas: “Today They Took My Son” (hoje levaram meu filho), “Oceans of Injustice” (oceanos de injustiça) e “Nightmare of Gaza” (pesadelo de Gaza). O enfoque de sua obra é a vida nos territórios palestinos ocupados por Israel. Nabulsi agora trabalha em um longa-metragem que ainda não foi anunciado.

A edição do Oscar deste ano conta também com um filme tunisiano. O longa “O Homem Que Vendeu Sua Pele”, da diretora Kaouther Ben Hania, concorre na categoria de melhor filme internacional. É a história de um refugiado sírio que deixa um homem tatuar suas costas em troca de um visto para viajar à Europa. O trailer está abaixo:

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